Energia eólica deverá ganhar espaço nos EUA
Energia eólica deverá ganhar espaço nos EUA/Foto: thomas.merton

Iniciativas desenvolvidas nos últimos meses pelo governo norte-americano indicam avanços nas políticas ambientais do país, considerado um dos maiores poluidores do planeta, juntamente com a China. Na sexta-feira, 22 de maio, o Comitê de Energia e Comércio da Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei sobre energia, voltado para a redução dos gases estufa.

Há duas semanas, a Agência Ambiental Americana (EPA) considerou tais poluentes como “prejudiciais à saúde pública”. A nova postura teria tido origem na transição do governo de George W. Bush para o de Barck Hussein Obama. Contudo, estima-se que as tratativas entre norte-americanos e chineses teriam começado em 2007.

De acordo com o jornal The Guardian, um grupo de importantes políticos americanos mantiveram conversas na China sobre a mudança climática, durante os últimos meses do governo Bush. Participaram da visita à China, pessoas que ocupam cargos no governo de Barack Obama, como John Holdren, principal assessor científico do atual presidente democrata. Ele produziu uma minuta de documento em março deste ano, apenas dois meses depois do ex-senador por Chicago chegar à Casa Branca.

Do discurso à prática, Obama tem um grande desafio pela frente
Do discurso à prática, Obama tem um grande desafio pela frente/Foto: jmtimagens

A reunião secreta teria tratado de temas como a mudança climática e energia, um indicativo de que Washington e Pequim venham a selar um acordo bilateral nesse sentido, antes do final deste ano – provavelmente em dezembro, durante a conferência mundial (COP-15) sobre a temática, em Copenhague, na Dinamarca.

Renováveis
No dia 22 deste mês, o presidente Barack Obama aplaudiu a aprovação (por 33 votos a favor contra 25) do Comitê de Energia e Comércio da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, referente ao projeto de energia limpa, que usará fontes renováveis como matrizes energéticas solares, eólicas e termais. A iniciativa deverá ser aprovada pelo plenário da Câmara e pelo Senado, antes de ser promulgada pelo presidente Obama.

Caso o projeto passe pelas novas aprovações, seu resultado efetivo envolverá os seguintes fatores:

• Redução da dependência dos EUA em relação ao petróleo estrangeiro;
• Aplicação de medidas mais rigorosas contra os poluentes;
• Criação de milhões de novos empregos;
• Obrigaria algumas indústrias a pagar por permissões especiais para sua operação;
• Diminuição de 17% dos poluentes em comparação com os níveis de 2005 para 2020;
• 42% a menos de emissões em 2030 e 83% em 2050.

Novos rumos?
Mas enquanto essa tão esperada mudança de postura do governo norte-americano não se concretiza em ações mais práticas, a desconfiança em todo o mundo permanece. Para dificultar, somente as chamadas boas intenções são insuficientes. O empresariado norte-americano, por exemplo, estaria disposto a travar uma batalha contra a EPA, a fim de que suas siderúrgicas, refinarias e montadoras de automóveis permaneçam em operação sem precisar pagar mais por isso.

Já em relação ao veredicto da EPA sobre os gases de efeito estufa, uma avaliação pública será realizada para só então entrar no processo de regulamentação. Existe também a possibilidade de o Congresso agir mais rapidamente, ao aprovar leis que considerem as novas leis desnecessárias. Especialistas cogitam que uma nova e mais rígida legislação ambiental poderá levar a aumentos nos preços dos combustíveis, passagens aéreas, cimento, carros e luz.

Eis um grande desafio para o governo de Barack Obama. O COP-15 vem aí.


*Com informações de EcoDesenvolvimento.

             
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