As obras do Programa Água Doce (PAD) na Bahia serão iniciadas esta semana. Técnicos da equipe nacional do Programa estão em Paulo Afonso (BA) para capacitar servidores do núcleo estadual, consultores e os responsáveis, das empresas contratadas, pela execução das atividades. “É muito importante que todos estejam bem afinados com a metodologia do Água Doce”, destacou o diretor de Revitalização de Bacias do Ministério do Meio Ambiente, Renato Saraiva.
O convênio da Bahia é o maior no âmbito do programa – R$ 61 milhões. O Estado receberá 385 sistemas de dessalinização que beneficiarão cerca de 150 mil pessoas. Na quinta-feira, 5 de março, terá início a obra do projeto piloto no município de Jeremoabo. Na primeira fase do programa, foram diagnosticadas 1.174 comunidades em 41 municípios do semiárido baiano.
Finalidades
Coordenado pelo MMA, o Programa Água Doce faz parte do conjunto de ações do Plano Brasil sem Miséria. O objetivo é estabelecer uma política pública permanente de acesso a água de qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas. De modo simplificado, o sistema de dessalinização purifica a água coletada por meio de poços e a disponibiliza em espaços como um tanque ou um chafariz. A ação leva em conta cuidados ambientais, técnicos e sociais.
O programa prioriza as regiões em situação mais críticas. Lugares com os menores índices de Desenvolvimento Humano (IDH), altos percentuais de mortalidade infantil, baixos índices pluviométricos e com dificuldades de acesso aos recursos hídricos serão os primeiros a serem contemplados pelos planos. Assim como o Índice de Condição de Acesso à Água do Semiárido (ICAA), desenvolvido a partir do cruzamento dos mesmos indicadores.