É imprescindível que o debate sobre segurança alimentar esteja atrelado ao “problema dos biocombustíveis”, caso isso não ocorra, toda a discussão será apenas levada a especulações desmedidas. A opinião é de Olivier de Schutter, relator das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, que mandou um recado direto aos líderes do G-20 (grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo, do qual o Brasil faz parte).

O bloco se reunirá nesta semana, nos dias 2 e 3 de novembro, em Cannes, na França, para discutir sobre a ameaça da produção dos biocombustíveis à segurança alimentar.

O relator convocou os líderes do G-20 para o combate aos impactos negativos ocasionados, algumas vezes, pela produção de biocombustíveis. Ele considerou o plano de acordo criado entre os países do bloco muito fraco, com medidas incapazes de produzir alimentos para as futuras 9 bilhões de pessoas que deverão habitar o mundo em 2050.

Para diminuir o preço dos alimentos e a corrida por terras aráveis em países desenvolvidos, Olivier de Schutter explicou que o G-20 precisa por fim aos subsídios fiscais à produção de biocombustíveis.

A fome do Chifre da África, as baixas colheitas no Oeste africano e as perdas geradas pelas cheias no Sudeste da Ásia foram lembradas pelo especialista como exemplos na urgência da necessidade de combater a volatilidade do preço dos alimentos e a fome crescente. “Quem tem fome não pode esperar”, concluiu o relator da ONU.

Pois é amigos, os biocombustíveis que melhoram o problema da poluição gerada pelo transporte, ocupam a terra que poderia ser usada para o plantio de alimentos. A coisa se complica a cada dia.

 

 

 Via Redação EcoD | Imagem: Jean-Marc Ferré/UN

             
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