Dá licença, posso ligar na sua tomada? Foto: Electric Car Site

Carros elétricos são uma forma incrível de reduzir a emissão de poluentes no mundo e por isso não cansamos de falar sobre eles. Claro que ir a pé ou de bicicleta além de ter “poluição zero”, também faz bem a sua saúde, mas dependendo da distância, carga a ser transportada, capacidade física da pessoa ou até do clima, um automóvel é inevitável.

Os bólidos com baterias no lugar de combustível estão se espalhando pelo mundo, mas ainda em ritmo lento e um dos maiores fatores é o preço – e põe maior fator nisso. O Ford Fusion movido à gasolina tem preço inicial de R$ 83.660,00 enquanto sua versão híbrida começa em R$ 133.900,00, nada menos que 60% de acréscimo.

Ford Fusion Hybrid. Foto: Divulgação

A razão da diferença? Falta de escala e otimização da tecnologia – quanto mais carros forem vendidos, mais a indústria se voltará para ela, investindo em produção mais rápida, barata e eficiente, reduzindo o preço, vendendo mais e assim continuamente em um ciclo virtuoso.

Existem duas formas de acelerar esse processo: subsídios governamentais, como os 30% dados nos EUA e casos similares na Europa, e investimento das próprias montadoras em melhoria dos sistemas, visando obviamente o mercado reprimido, atual e futuro, dessa linha de produtos.

Não era bem nisso que eu estava pensando… Foto: Car Zone Web

Uma oportunidade de desenvolvimento é o automobilismo, como a “F1 elétrica” ou o Nissan para pistas. Sistemas como o KERS, que melhoram o consumo do carro, já saíram da F1 para carros de rua, exemplo do Novo Ford Focus 100% elétrico.

Um caso curioso, que mostra a força do elétrico/híbrido, mas triste por atrapalhar no desenvolvimento da tecnologia, aconteceu na Fórmula 1000 na última semana como relata o JalopnikBR: um Honda Insight experimental (híbrido) foi banido pelos organizadores por ser “rápido demais”. O veículo preparado pelos britânicos da OakTec Racing abriu 19 pontos de vantagem na competição em apenas três eventos.

“Esse carro é incrível! Vai no 110v ou 220v?”. Foto: Oak Tec Hybrid

A equipe não revela maiores detalhes sobre o conjunto motriz do carro – que envolve um motor à gasolina 1.3, um motor elétrico e uma bateria de íons de lítio – desenvolvido em parceria com a Lotus Engineering e a filial da Honda no país. A transmissão CVT do modelo foi criada pela Bosch, patrocinadora do projeto (como se pode ver pelos adesivos imensos no carro). O site não muito esclarecedor da equipe ainda cita o uso de supercapacitores para “colher energia”.

A reclamação dos concorrentes é compreensível já que seus orçamentos são apertados e sofreriam demais para competir contra empresas tão fortes. A solução é encontrar uma categoria na qual o Insight possa competir ou criar uma apenas para carros “verdes” (híbridos/elétricos).

De volta às nossas garagens ficam as questões: por que o Brasil ainda não tem políticas de incentivo para veículos híbridos? Petróleo/pré-sal é uma das primeiras respostas que vem a mente. Mas será que isso é tão mais vantajoso, financeiramente mesmo, do que a qualidade do ar e a saúde pública que geram tantos custos para o próprio governo? Será que biodiversidade e redução do aquecimento global sequer são levados em conta?

Posso falar por mim: tudo o que eu queria era ter um carro elétrico, hoje, agora! Mas talvez eu só consiga comprar um se me tornar deputado federal com salário dezenas de milhares de reais… ah sim, *eu prometo* lutar pela lei de subsídios chegando lá.

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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