Ceará abre parque eólico em Beberibe
Parque Eólico da Praia de Parajuru, no Ceará: o estado agora é o maior produtor
desse tipo de energia limpa no Brasil

SÃO PAULO – Entrou em operação ontem (20/08) o Parque Eólico de Praias de Parajuru, na cidade de Beberibe, no Ceará.

Com o funcionamento do novo parque, o Ceará ultrapassa o Rio Grande do Sul e passa a ser o estado brasileiro com maior capacidade de geração elétrica por meio do vento.

A usina de Praias de Parajuru representa 23,6% da capacidade de energia eólica do Ceará e acrescentou à matriz energética cearense uma capacidade de 28,8 MW de geração elétrica, o suficiente para atender quase 30 mil famílias.

Com essa instalação, a quantidade de energia brasileira gerada pelos ventos atingiu 443,8 MW e o Ceará ultrapassou por 600 KW o estado líder na produção de energia eólica até então, Rio Grande do Sul.

“O território brasileiro pode produzir a quantidade gerada por 20 Usinas Hidrelétricas de Itaipu pelo vento. O problema é que essa energia é instável. Ela não é controlável e, portanto, não há como colocar sobre ela o princípio de abastecer todo o país”, explica Lauro Fiúza Junior, presidente da ABEEólica, a Associação Brasileira de Energia Eólica, desde abril de 2008.

Foram instalados 19 cataventos, fabricados pela Wind Power Energia. A instalação do parque gerou cerca de 3 000 empregos diretos e indiretos.

“Nenhuma outra forma de produção cresce da maneira que a energia eólica cresce no mundo. É um aumento de cerca de 30% ao ano. O Brasil precisa acompanhar esse aumento, se não vai ser deixado para trás”, afirma Fiúza.

Para Fiúza, falta investimento do governo naquela que pode ser a solução contra uma possível crise energética. “Existe a necessidade da criação de um projeto brasileiro para que o capital privado se interesse em vir para o Brasil”, diz. “Temos um imenso potencial, mas falta o incentivo do governo.”

O Proinfa, Programa de Incentivo às Fontes Alternativas do Ministério de Minas e Energia prevê, até o final do ano que vem, a instalação de parques eólicos que, junto aos já existentes, serão responsáveis pela geração de 1 423 MW, que poderiam abastecer até cerca de 4,5 milhões de habitantes.

Entre as vantagens da criação de um programa brasileiro, Fiúza cita a questão segurança energética, que pode ser garantida com a utilização da energia dos ventos como complementar a energia das hidrelétricas e além da quantidade de empregos que podem ser criados pela indústria eólica.

Diferente de países como Alemanha e Inglaterra que exploram a instalação de parques eólicos offshore, ou seja, no meio do mar, o Brasil não tem essa necessidade. “Existe muito potencial para ser explorado em terra e parques offshore geralmente são 40% mais caros. A Alemanha e a Inglaterra precisam usar essa tática porque já não têm potencial no território”, explica Fiúza.

*Via Info.

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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