O ciclo do Nitrogênio vem sendo afetado pela crescente demanda por alimentos e energia. Alguns dos efeitos dessas mudanças são as chuvas ácidas, o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera e a elevação da temperatura global.

O Nitrogênio é estocado na atmosfera na forma inerte do gás N2. Para entrar na cadeia alimentar ele é transformado em amônio (NH4) ou em nitrato (NO3) por bactérias fixadoras de nitrogênio que ficam no solo. Quando os átomos de Nitrogênio estão nas novas formas, podem ser absorvidos pelas plantas, que são as produtoras primárias de alimentos, e depois serão absorvidas pelos consumidores (entre eles, nós, os humanos).

Para o Nitrogênio voltar para a atmosfera na forma de gás, existem as bactérias desnitrificantes que realizam esse processo.
Com a agricultura, que já é usada há mais ou menos 10 mil anos, esse ciclo foi afetado porque plantas leguminosas (como a soja ou o feijão) são capazes de fixar o nitrogênio da atmosfera em enormes quantidades.

Por exemplo, a soja pode fixar até 250 quilos de nitrogênio por hectare por ano, já a floresta Amazônica fixa entre 3 e 7 quilos na mesma área por ano.

Nos últimos 150 anos, esse processo foi intensificado com o aumento da produtividade, o uso de fertilizantes nitrogenados e a queima de combustíveis fósseis. Uma parte desse nitrogênio fixado pela ação do homem vira proteína ao longo da cadeia alimentar e grandes quantidades retornam para a atmosfera, mas como óxido nitrico (NO) ou óxido nitroso (N2O) – um dos gases de efeito estufa – e não como a forma inerte N2.

O óxido nitroso reage então com o vapor d’água e forma chuva ácida. O dano não para ai, o nitrogênio em forma de nitrato pode ser levado para o meio aquático causando a eutrofização desse ambiente, ou seja, causando um crescimento excessivo de algas pelo excesso de nutrientes, reduzindo o nível de oxigênio disponível para outros organismos e evitando que a luz solar atinja camadas mais profundas do ambiente aquático.

Estudiosos como Johan Rockström (da Universidade de Estocolmo, na Suécia) e a professora Gabriela Bielefeld Nardoto (da UnB), propõem a existência de limites planetários para que a humanidade não desestabilize os sistemas terrestres essenciais e evite mudanças climáticas bruscas e catástrofes ambientais. Entre os limites que, segundo os cientistas, já teriam sido transgredidos pela humanidade estão o aquecimento global, a extinção de espécies e as alterações no ciclo do nitrogênio.

 

#PdL indica que este é um Post do Leitor, escrito por pessoas como você, que curtem o eco4planet, a sustentabilidade e o meio ambiente. Para se tornar um colaborador é simples: mande uma mensagem e enviaremos mais detalhes.

As conclusões e os estudos completos podem ser lidos aqui.
Fonte da imagem: site A Graça da Química.

 bióloga especialista em gestão ambiental, esportista e amante da arte. Posta também no Twitter e Facebook.
Veja outros artigos por e escreva também para o eco4planet!
             
Quem somos
Na mídia
Contato
Anuncie (mediakit)
Como divulgar
 
 
©2008-2024 eco4planet | Privacidade
©2008-2024 eco4planet | Privacidade