O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, de acordo com o Sindicato Nacional para Produtos de Defesa Agrícola (Sindage), já que cada brasileiro consome 5,2 litros de agrotóxicos anualmente. O que se converte em 500 mil contaminações todos os anos e, pode ser responsável por casos de esterilidade masculina, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, nos sistemas imunológico e endócrino, má formação fetal e câncer. Sem contar os danos, muitas vezes irreversíveis, causados ao meio ambiente como contaminação do solo, água, fauna e flora.
Em nosso país ainda são usados 14 produtos que já foram proibidos em diversos outros. No MS, iniciou-se uma campanha alertando produtores e população dos riscos ao usar agrotóxicos sem cuidados e, aos poucos, vamos amadurecendo quanto às ameaças desses componentes agrícolas e, produtores e indústria vão sendo sensibilizados.
Para reduzir o consumo de agrotóxicos no Brasil sem comprometer a produtividade do campo, os produtores rurais podem adotar técnicas de manejo integrado de pragas e doenças (MIP), como sementes resistentes ou tolerantes, que não permitem a infestação; rotação de cultura e colheita em épocas alternativas; uso de valas e coberturas plásticas para dificultar o deslocamento dos insetos; biocontrole e; controle químico.
A cobertura adequada do solo impede que a água infiltre no solo e cause erosão e; ao manter áreas de refúgio para os inimigos naturais das pragas, contribui para reduzir a necessidade do agrotóxico na produção. Base da economia de Mato Grosso do Sul e de parte dos estados brasileiros, o agronegócio brasileiro gera riqueza e desenvolvimento tecnológico, mas não pode se sustentar custando a saúde da nação.