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Os corais são um dos ecossistemas mais ameaçados/Foto: richard ling

Um estudo realizado na região costeira do Brasil mediu o grau de ameaça de extinção da biodiversidade marinha no país. Pesquisadores de universidades federais de Paraíba e do Mato Grosso do Sul em conjunto com as ONGs Conservação Internacinal (CI) e Fundação SOS Mata Atlântica concluíram que a região Sudeste é a que mais preocupa, são 47 as espécies ameaçadas.

A segunda região com maior risco é a chamada Rio Grande, que compreende áreas de pesca no Sul do Brasil, com 32 espécies. Logo atrás está a região Brasil Oriental – do litoral do Espírito Santo à Bahia, área que abriga os recifes de coral de Abrolhos.

Baseados em informações da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), do Ministério do Meio Ambiente e dos estados, os cientistas identificaram 59 espécies em risco de extinção em todo o Brasil sob três classificações de ameaça: 41 estão em situação vulnerável, 10 estão ameaçadas e 8 criticamente ameaçadas.

pescaA pesca é a atividade que mais prejudica a biodiversidade do litoral paulista/Foto: calafellvalo

Cientistas defendem a preservação das áreas

Em entrevista ao jornal Estadão, um dos cientistas responsáveis pelo estudo, o professor de ecologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ronaldo Bastos Francini-Filho, observou a importância de um mapeamento por área: “os locais onde há mais espécies ameaçadas precisam ser protegidos primeiro”. A justificativa é a limitação de recursos disponíveis para investimento na preservação.

Segundo o coordenador do Programa Costa Atlântica da Fundação SOS Mata Atlântica, Fábio Santos Motta, uma das medidas tomadas para a prevenção da degradação da biodiversidade é o estabelecimento de algumas vias que certifiquem um cuidado com o meio ambiente durante a cronstrução de portos e exploração de petróleo.

As ameaças de cada região

As principais atividades que ameaçam a preservação do sudeste são a sobrepesca (que contribui para a redução da população de peixes), a perda de habitats, o turismo inadequado e a poluição marinha.

A situação do Norte e do Nordeste do país aparentemente é melhor, mas há poucos dados que certifiquem em quais locais essas espécies podem ser encontradas. Essa falta de perspectiva se repete em outras partes do país, há muitas espécies ainda desconhecidas que podem estar em processo de extinção e outras que ainda podem ser catalogadas.

O Brasil estabeleceu uma meta na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) de proteger 10% de seus mares. Entretanto, no ano de prestação de contas, o valor ainda é inferior a 1%.

*Via EcoDesenvolvimento.

             
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