O governo holandês está encorajando as empresas a pagarem as pessoas para irem de bicicleta para o trabalho como parte de uma iniciativa nacional para combater os congestionamentos nas vias. A ideia do governo é que as empresas paguem 19 centavos de euro (R$ 0,86) por cada quilômetro rodado no caminho de ida e volta casa-trabalho. Além disso, os trabalhadores que usarem bicicletas para seus deslocamentos diários receberão também subsídios para a compra de uma nova bicicleta.

“Vamos sair de nossos carros e montar em nossas bicicletas”, disse a vice-ministra da Infraestrutura, Stientje van Veldhoven, ao anunciar novas medidas para incentivar o ciclismo, no final de junho. “Quero estimular o ciclismo com o objetivo de retirar 200 mil pessoas de seus carros”, disse ela. A Holanda já é uma referência em andar de bicicleta. Estimativas indicam que o país tem 22,5 milhões de bicicletas, mais do que os 17,1 milhões de pessoas que vivem lá. E cerca de 1/4 dos trabalhadores usam a bicicleta para seus deslocamentos cotidianos. Desde 2005, o número de bicicletas aumentou 11% e, em Amsterdã, 32% de todas as viagens são feitas com bicicletas.

A proposta vai beneficiar os empregadores, diz o governo, porque os trabalhadores que usam suas bikes ficam em melhor forma e são menos propensos à ausência por doenças. Há também as economias em combustíveis e estacionamento. “As bicicletas desempenham um papel importante quando se trata de acessibilidade, qualidade de vida e saúde”, disse a ministra Van Veldhoven.

 

Mobilidade urbana

Ela lembrou que o uso das bikes reduz os congestionamentos e permite melhores condições de circulação às pessoas que realmente precisam dos carros para se deslocar. Segundo dados do governo, mais da metade de todas as viagens diárias na Holanda têm menos de 7,5 km de extensão; e mais da metade de todas as pessoas moram a menos de 15 km de seus locais de trabalho.

O site do governo holandês informa que “várias regiões do país estão promovendo o uso de bicicletas por meio de aplicativos para celular”. Um exemplo é o projeto B-Riders, voltado a pessoas que deixam o carro e adotam a bicicleta. Elas são treinadas por um aplicativo e recebem uma recompensa financeira a cada quilômetro percorrido durante os horários de pico. A experiência mostrou que “a maioria das pessoas continua a pedalar mesmo depois que a recompensa cessa”, segundo o site. Os resultados são animadores: cerca de 70% dos participantes pedalam mais de 90 km por semana.

O engenheiro espanhol Alberto Brines faz 36 km por dia na ida e volta ao trabalho. Ele trabalha em uma empresa em De Hagen (Haia) e mora na vizinha Leiden. “Para mim, fazer esse percurso com a bicicleta é uma maravilha”. Ciclista habitual, Brines explica que todas as empresas nas quais trabalhou estão preparadas para receber bem seus funcionários ciclistas, com duchas, vestiários e bicicletários cobertos.

via Mobilize, com informações do The Independent em EcoD

             
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