Nos últimos dias pipocaram pelas redes sociais indicações do vídeo produzido pelo Movimento Gota D’Água, que reúne diversos artistas e, por isso mesmo, conseguiu atrair a atenção para a luta contra a Usina de Belo Monte, ou ao menos por uma reflexão maior sobre o tema antes de sua construção.

Assista ao vídeo e então discutiremos:

Se gostou da proposta e quer participar agora mesmo, vá até o site e assine.

Uma coisa é certa: não podemos esperar. O crescimento do país é iminente e a necessidade de ampliar a capacidade energética para garantir os próximos anos bate com força à nossa porta. Mas geração de energia é sempre um tema polêmico, afinal, não existe solução ótima que alie impacto ambiental/social zero e baixo custo de instalação. Ou a balança pende para um lado ou para o outro.

As usinas hidrelétricas de grande porte, como a de Belo Monte, ficam no campo das que geram impacto médio (abaixo das usinas termoelétricas, mas acima das fontes eólicas e solares) e tem custo médio (apesar das altas cifras totais, o valor por MW gerado está consideravelmente abaixo das outras opções menos impactantes).

O quadro a seguir – produzido pela Concessionária responsável pela construção da Usina, portanto confie o quanto quiser – apresenta um comparativo entre Capacidade e Custo de Instalação das diversas fontes de energia. A Usina de Belo Monte está na coluna verde:

Certo, eu até consigo acreditar que, ignorando o Gás Natural (altamente poluente) e a Biomassa (que exigiria uma área de plantio/desmatamento gigantesca), uma Usina Hidrelétrica de grande porte pode ser a melhor opção financeira. Mas eu disse financeira.

Pessoalmente ainda tenho predileção pela energia nuclear (desde que instalada sob as condições da Geração 3/3+), pois seu impacto tende a zero e seu custo supera apenas as grandes hidroelétricas, estando abaixo de todas as demais opções de produção limpas. Porém, depois dos acontecimentos em Fukushima, o pânico voltou a rondar tal tecnologia e parece que ela caminhará para o esquecimento.

Voltemos à tabela comparativa. Note que as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e a Produção Eólica custam algo entre 2~2,5 vezes o necessário para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. É bastante, mas até que ponto essa diferença não seria justificada pela redução nos impactos ambientais e sociais?

Aliás, na opção eólica, se consideraremos que parte do investimento se dê em pesquisa tecnológica prévia e somarmos isso à escala que seria criada para produzir o equivalente à Belo Monte (mais de 10 mil turbinas), fatalmente os valores seriam reduzidos e estou certo de que não seria pouco. Veja ainda que os resultados das pesquisas e a escala de produção criada seriam um excelente legado para as instalações eólicas que vierem a ser feitas.

Não pretendo crivar um vencedor entre as opções, mas certamente precisamos de mais discussões sobre o assunto. Qual a sua opinião?

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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