Segundo o estudo, o O3 se concentra mais no alto porque depende da luz solar
Segundo o estudo, o O3 se concentra mais no alto devido a sua dependência da luz

Morar em andares altos dos prédios tem lá suas vantagens: a vista privilegiada da cidade, a distância da poluição e ruído dos carros e uma certa privacidade. No entanto, um estudo recente do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental (LPAE), vinculado a Universidade de São Paulo (USP), apontou que o ozônio (O3) possui alto poder de infiltração nas partes superiores dos edifícios.

O objeto do estudo foi um prédio de 19 andares, na região da República, no centro de São Paulo. A medição foi realizada no lado externo da construção. Enquanto a média diária de concentração no térreo foi de 22,89 microgramas de O3 por metro cúbico, no 4º andar, o índice registrado foi de 38,35. Já no 19º andar foi de 58,82. Por outro lado, a concentração de um outro poluente, o dióxido de nitrogênio (NO2) é reduzida com a altitude.

“É ilusão achar que, ao estar longe dos carros, as pessoas estão protegidas da poluição”, explicou Ana Júlia Lichtenfels, bióloga responsável pelo estudo, ao jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a pesquisadora, a alta concentração de O3 nas regiões mais altas é justificada pelo fato de que a substância depende da luz do sol para se formar. O ozônio, então, está no alto porque há muita sombra nas partes mais baixas, com grande concentração de prédios.

“Medições no pico do Jaraguá também encontraram alta concentração de ozônio”, afirmou ao jornal, Maria Helena Martins, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Ela comentou que o estudo realizado pelo LPAE tem sentido. A pesquisa não teve o objetivo de verificar se os valores de concentração dos poluentes ultrapassaram o padrão de qualidade do ar.

Estudos comprovam que a inalação do ozônio costuma ser determinante para os problemas respiratórios, ao afetar diretamente o pulmão. Diferentemente de quem mora em andares altos, quem está perto dos veículos sofre mais com os efeitos de outros poluentes: material particulado, monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio.

*Com informações da Folha de S. Paulo, no site do Movimento Nossa São Paulo.

             
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