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Prático, criativo e charmoso – esse é o jardim vertical. Na foto, um projeto da empresa Quadro Vivo, especializada no segmento de paisagismo / Fotos: Divulgação

Como uma alternativa para quem quer misturar qualidade de vida e rotina, os jardins verticais se tornam, a cada dia, os mais práticos aliados de quem está cansado do concreto. Das práticas mais simples às que exigem mais atenção, o cultivo do “verde” em área urbana, especialmente em casas e apartamentos, ganhou espaço e mostra que é possível cerca-se de flores e plantas sem gastar muito dinheiro ou tempo.

Segundo o técnico em paisagismo e especialista em arquitetura da paisagem Alexandre Fang, a busca das pessoas por agregar a natureza às suas vidas tem motivado a procura por jardins alternativos. “Em grandes cidades urbanas como São Paulo, relativamente opressiva em relação ao verde, as pessoas tendem a se fechar cada vez mais, o que provoca uma demanda no que diz respeito à busca por um refúgio. E ao voltar aos olhos para este ponto, a conexão com a natureza é imediata”, explica.

“Os jardins verticais surgiram pela falta de espaço, e em uma cidade onde os muros de propriedades chegam a 4 metros de altura, eles são uma opção para suaviar a quantidade de concreto. Observo através do estudos que está ideia veio dos jardins orientais japoneses – população que também esbarra com a questão do espaço, mas tem no cultivo de jardins e plantas a sensação de ‘ampliação’ do seu ambiente urbano”, diz Fang, que há 9 anos trabalha com paisagismo.

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A Universidade Veiga de Almeida decidiu adotar uma parede verde feita a base de vegetais e coco verde reciclado, construída com o material alternativo ao uso de xaxim – raíz que hoje está em risco de extinção

Criativa, prática e charmosa, esta opção de verde para ser aplicada em lares é super flexível e com o apoio de vasos, paredes e até quadros, consegue dar um pouco mais de vida para qualquer ambiente – do quintal à sala de estar.

Para quem tem interesse em implantar um desses em casa, aqui vão as dicas, com comentários do paisagista:

  • Cuidados preparatórios
  1. Luminosidade: “A primeira coisa que deve ser avaliada na hora de implantar um jardim vertical é a incidência de sol e de luz. É preciso eleger o local adequado, considerando as ‘faces’ do ambiente em relação à luz, e dar atenção as plantas que serão cultivadas naquele espaço”.
  2. Impermeabilização: “Aconselho que as pessoas não contem apenas com a impermeabilização das tintas convencionais. Já que a incidência de água será muito maior (devido a necessidade das plantas) a sugestão é que se aplique, onde irá colocar paines de plantas ou vasos pendurados, uma camada de argamassa polimérica”.
  3. Água: “A minha sugestão para quem quer optar por um projeto com mais plantas, como um muro verde, é a irrigação. Este processo é uma boa alternativa para quem tem pouco tempo a dedicar com os cuidados das plantas e ainda é ótimo para evitar o desperdício deste recurso. Ecologicamente falando, o processo de irrigação chega a usar apenas 10%, aproximadamente, da quantidade de água que seria gasta no processo de rega convencional”.
  4. Materiais Necessários: “É preciso ficar atento aos materiais usados. É importante saber de onde cada coisa vem. Assim como a madeira, pedras e até mesmo espécies vegetais não podem ser simplesmente extraídas da natureza – sua retirada indevida pode acarretar em sérios prejuízos para o ecossistema em que estavam inseridas”.

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Algumas criações podem ser penduradas na parede como verdadeiras obras de arte

  • Escolhendo entre as opções

Das criações que misturam tecnologias e plantas às singelas latinhas de alumínio pregadas na parede, as opções para quem quer implantar um jardim suspenso em casa são variadas.

É possível usar garrafas Pet como vasos e pregá-las em uma tela, optar por um alto investimento em um quadro verde tecnológico ou simplesmente colocar algumas prateleiras e enfeitar com flores. “A melhor opção vai de acordo com o gosto de cada um e com a função que aquele jardim terá dentro do contexto”.

  • Conhecendo as plantas

“Plantas de pleno sol, meio sombra ou sombra são as opções que podem ser encaixadas nesse tipo de trabalho. Cada projeto merece atenção especial para as plantas, mas alguns vegetais já são conhecidos por quem reolve adotar essa prática. Algumas espécies são exemplo disso:

– Bromélias
– Orquídeas
– Peperômia
– Begônia
– Trepadeiras

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Dojardim mais simples ao mais extravagante, o importante é cuidar para que as plantas continuem bem nutridas e que o ambiente continue com o frescor do “verde”

  • Manutenção

“Nem todo mundo tem intimidade com a natureza, mas as vezes gosta da presença de algo verde para dar vida ao ambiente. Na hora da manutenção, busque alternativas práticas e promova a rega de acordo com as necessidades de cada espécie. Fique atento também a mistura de plantas, algumas podem encobrir plantas que gostam de sol e deixar descobertos vegetais que precisam ficar mais protegidos”.

Aos poucos, alternativas e soluções para melhorar a qualidade de vida da população urbana vão sendo criadas e é claro que cada um pode fazer a sua parte para entrar nessa positiva mudança.

*Via EcoDesenvolvimento.

             
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