Desde que entrou em vigor a lei que faz os supermercados venderem sacolas plásticas especiais, ao invés de dar ao consumidor como ocorre há décadas, a polêmica tem aumentado e as reclamações no PROCON também.
É certo que a medida tem caráter ambiental, “forçando” o comprador a levar suas sacolas, preferencialmente as ecobags, mais fortes e duradouras, ou pegar as novas sacolas identificadas, mas há a sensação de ser cobrado duas vezes, já que antes o preço da sacola estava embutido nos produtos do mercado, e agora a cobrança a parte não veio junto de uma redução no preço dos produtos.
Isso além, é claro, da dificuldade que ainda temos de nos lembrar de levar as sacolas, principalmente se resolvermos compras umas coisas sem ter planejado isso antes de sair de casa.
Pensando nisso, o PROCON em parceria com a APAS (Associação Paulista de Supermercados – que inclui Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour), criou uma iniciativa para a cidade de São Paulo: desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens adquiridos ou a cada R$ 30 em compras para os consumidores que não quiserem sacolas (a opção entre os dois modelos é de cada estabelecimento), válido até novembro deste ano.
Também serão dadas duas sacolas por compra durante os próximos dois meses, independente do valor adquirido (prevejo compradores dividindo a compra em várias partes para pegar mais sacolas…).
As medidas visam “minimizar as imposições da lei”, como explicou Ivete Maria Ribeiro, diretora executiva do PROCON, que informa terem recebido 500 reclamações só nas duas primeiras semanas de vigência da lei.
Paralelamente, a Prefeitura de São Paulo entrou com uma ação na Vara da Fazenda Pública contra os supermercados, pedindo a proibição da cobrança pelas novas sacolas, alegando que isso contraria a política de sustentabilidade desenvolvida pelo poder público.
Ah sim, na imagem do topo, um Hipermercado Big de Santa Cruz do Sul/RS oferece fila preferencial para quem não usa sacos plásticos. Podiam copiar isso em São Paulo.