Infelizmente a maior parte de notícias que envolvem as palavras “extinção” e “animal” são sobre animais entrando na lista de ameaçados. Felizmente esse não é o caso do nosso querido Ichthyomys stolzmanni. Bem, quase “felizmente”.

Esse roedor que mede cerca 20 centímetros de comprimento, apelidado de ratazana pescadora, vive no Peru e até pouco tempo atrás era considerado um dos mamíferos mais raros do mundo. Mas agora ele passou a aparecer em grande número e, segundo o estudo da publicação alemã “Mammalian Biology”, ele já é considerado praga pelos moradores da região que habita.

A região ganhou várias fazendas de trutas nesses últimos anos e isso fez o alimento ficar mais fácil para o roedor que foi descoberto em 1983 em Chanchamayo, floresta tropical do Peru que fica a mais de 900 metros do nível do mar. Até o animal “virar” praga, poucas aparições de grupos pequenos haviam sido registradas.

Os moradores da região entretanto afirmam que as ratazanas comem os filhotes de truta e acabam prejudicando a criação. Eles ainda tentam capturar o animal, mas ele é rápido na terra e nada muito bem, dificultando até que os cientistas façam estudos com essa espécie.

Victor Pacheco e Joaquin Ugarte Nuñez, biólogos do Museu Natural de Lima, são os pesquisadores desse roedor. Pacheco diz que “É uma surpresa descobrir que o que você achava que era uma espécie rara já não é mais (…) É por causa do aumento das fazendas de truta que eles estão mais presentes, mas não acho que (os números) estejam aumentando rapidamente. Mas me surpreende a facilidade com que eles estão se adaptando às mudanças feitas pelo homem no ambiente”.

Ele ainda diz que, por ser um animal que vive muito em rios, eles podem ter mudado de região por conta do desmatamento e poluição dos rios onde viviam.

Agora é só controlar a infestação, de uma maneira correta, e passar a estudar mais esse roedor para termos uma espécie a menos na lista de ameaçados em extinção

Via Folha

 
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