A eficácia da sacola oxibiodegradável ainda é alvo de estudo de pesquisadores brasileiros. Considerada uma alternativa para o fim da distribuição gratuita de sacolas plásticas em SP, a oxibiodegradável não tem muitos defensores.

Aparentemente, o produto oxibiodegradável é como uma sacola plástica comum, mas de composição diferente. Essa sacola vendida como ecológica é composta por polímeros convencionais, aos quais se acrescenta um aditivo de amido de milho com a propriedade de enfraquecer as ligações químicas entre as moléculas e se decompor com mais rapidez.

Porém, a falta de comprovações sobre a eficácia da sacola oxibiodegradável motivou José Serra, o ex-governador de São Paulo, a vetar um projeto de lei que tornava o uso desse produto obrigatório a fim de substituir as sacolas plásticas. Além disso, especialistas também se mostram contra a utilização do produto.

O projeto Fotodegradação e fotoestabilização de blendas e compostos poliméricos, de Guilherme José Macedo Fechine, engenheiro de materiais da USP e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, é um dos estudos que coloca a utilização do produto em cheque. Apesar de se decompor em micropartículas, o plástico oxibiodegradável não é consumido por fungos, bactérias ou protozoários, uma das características essenciais para garantir a eliminação total dos resíduos no ambiente.

Apesar de a indústria afirmar que sacolas oxibiodegradáveis são seguras, Joseph Greenee, especialista norte-americano, foi responsável por realizar um estudo que impediu a Califórnia de adotar o plástico oxibiodegradável como alternativa viável ao fim das sacolas plásticas. Isso porque a pesquisa mostrou que os resíduos não se desintegram, apenas se tornam invisíveis aos olhos.

Esse fato comprova que a única diferença entre o polímero oxibiodegradável e o comum é o tempo de fragmentação, que é menor no primeiro caso. No entanto, em termos ambientais não existem benefícios. Nesse caso, há uma poluição invisível. Apesar de ter menor potencial para entupir bueiros, permanece por longos períodos no ambiente e causaria vários tipos de dano.

Via Info

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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