Quando se fala de grandes cidades o que vem a mente são cenários cinzentos, praticamente nenhum ponto verde, apenas raras árvores na calçada ou parques. Esse distanciamento da natureza, apesar de real, não é o que querem as pessoas, e percebendo isso, arquitetos e construtoras tem buscado trazer o verde para dentro das casas e apartamentos – uma tendência global que também está chegando ao Brasil.
Em uma campanha recente de Paris, grandes arquitetos foram chamados para projetar como seria o ideal para a cidade em 2050 e ficou nítida a preocupação por incorporar a natureza ao ambiente urbano, tanto nas construções já existentes quanto nas novas. Em Milão o condomínio Bosco Verticale (bosque vertical, em italiano) venceu o International Highrise Awards, o “Nobel da Arquitetura” e tem como característica marcante a integração de vegetação à fachada, colocando as pessoas dentro desse ambiente.
No Brasil temos alguns exemplos, como o telhado verde no prédio da Gazeta, em São Paulo, do qual falamos há poucos dias, e a cidade vai receber também um empreendimento completamente focado no tema, inserindo o meio ambiente à diversas áreas do condomínio e, especialmente, sendo o primeiro a incluir o terraço pocket Forest, ou seja, um espaço de até 4,8m² em cada apartamento com vegetação nativa da Mata Atlântica.
O residencial de nome Seed (semente, em inglês) vai incluir árvores nativas, cultivadas em viveiro próprio e entregues ao comprador já colocadas e em fase adulta, tendo aplicação de uma tecnologia própria de substrato que permite criar jardins típicos de terra firme em uma área de baixa espessura e com a leveza e elevação das varandas.
Ocupando 2.800 m² na Rua Casa do Ator, 200, na Vila Olímpia, a torre de 20 andares com apartamentos de 81 e 84m² cada, deve chamar a atenção por formar um grande jardim vertical (como se pode ver nas impressionantes imagens deste artigo), e isso trás uma série de vantagens: começando pela reconexão das pessoas às suas origens, ao meio ambiente, à valorização da tranquilidade e do tempo, passando pela purificação do ar na conversão de CO2 para O2, redução da temperatura e aumento da umidade, e chegando até à formação de uma barreira para a poluição sonora.
Esperamos que esse tipo de iniciativa se multiplique para que as cidades respirem melhor, para que as pessoas tenham a sensação de paz que apenas a natureza pode dar, e para que sirva de lembrete constante da necessidade de preservação do meio ambiente.
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