A fuligem lançada por foguetes de turismo espacial seriam mais prejudiciais à atmosfera terrestre do que as partículas liberadas por outras aeronavaes

A indústria do turismo espacial está trazendo novas preocupações ambientais. Um estudo publicado na revista Nature conclui que os impactos de uma indústria espacial comercial podem ser graves, até mesmo catastróficos.

Segundo a pesquisa, a fuligem emitida pelos foguetes de viagem contribuiriam para a mudança climática nas próximas décadas.

Para investigar os efeitos dessa indústria nascente sobre o clima global, os pesquisadores tomaram como base informações promocionais difundidas pelo setor, como o número de voos estimados para o período de um ano – cerca de mil viagens. O estudo diz que as partículas de fuligem e dióxido de carbono liberados pelas aeronaves poderiam se acumular a uma altitude de 40 km acima da superfície da Terra.

Ao contrário da fuligem de jatos ou centrais esapciais a carvão, lançadas mais baixo na atmosfera e que caem sobre a terra dentro de algumas semanas, as partículas criadas por aeronaves civis de viagem permaneceriam na atmosfera por anos, absorvendo a luz solar que poderia atingir a superfície da Terra.

Entre as consequências do bloqueio citadas no estudo estão a alteração da distribuição de ozônio na atmosfera terrestre, aumento da temperatura da superfície polar em um grau e redução do gelo marinho polar entre 5 e 15%. Segundo o pesquisador chefe do estudo, Martin Ross, da Aerospace Corp, Califórnia, os foguetes são a única fonte direta de compostos humanos produzidos acima de 22,5 quilômetros e, por isso, podem afetar a atmosfera.

EUA inauguram a primeira pista para voo de turismo espacial
A primeira pista para vôo espacial privativo foi inaugurada na última sexta-feira (22), no estado americano do Novo México. Durante os próximos três anos, empresas como a Virgin Galactic, que tem sede no campo recém-aberto chamado Spaceport America, esperam realizar até dois lançamentos por dia para turistas espaciais.

O artigo da Nature alerta para as características dos motores “híbridos”, e mais econômicos, que seriam usados nessas aeronaves. Enquanto os foguetes comerciais de hoje queimam uma mistura de querosene e oxigênio líquido, menos prejudicial à atmosfera, os de turismo queimariam um composto mais nocivo – de hidrocarboneto sintético com óxido nitroso – capaz de liberar doses elevadas de fuligem. [Info]

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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