Estivemos em Foz do Iguaçu, cidade no extremo oeste do Paraná, conhecida por suas cataratas mas que tem muito mais a oferecer. Se você está procurando por um destino de belezas naturais grandiosas com a oportunidade de dar um pulinho na Argentina ou no Uruguai, então não pode perder!

 

 

Como ir

A cidade tem um aeroporto internacional, então existem voos do país todo e até do exterior chegando lá. É a forma mais comum para quem mora longe. Optando pelo avião você vai depender do transfer das agências de turismo, táxi, ou alugar um veículo.

Optamos por ir de carro – partindo de São Paulo (capital) foram mais de 1.000Km de distância e cerca de 13h de viagem. Se por um lado é mais cansativo, por outro é possível aproveitar a beleza da paisagem e ter liberdade para circular pela cidade (e pelos países vizinhos) ao chegar. Fizemos metade do trajeto em um dia, dormimos em Londrina e continuamos no dia seguinte.

 

Onde ficar

Assim como já fizemos no Brasil e no exterior anteriormente, optamos pelo Airbnb, uma forma segura e confortável de ter um apartamento inteiro para nós. Facilitou também porque a Aurora foi junto e nem todo hotel permite animais.

O apartamento estava dentro de um condomínio fechado, o que garante maior segurança, e numa localização prática para sair para qualquer lado.

Para quem quer começar a usar o AirBnb, é só clicar aqui e ganhar R$ 100 em crédito para a primeira hospedagem.

 

Cataratas do Iguaçu

Claro, destino principal de quem vai até lá. As cataratas são realmente gigantescas, um espetáculo da Natureza e precisam ser visitadas!

Fomos pela manhã, uma boa ideia por ser menos quente e permitir ir ao Parque das Aves em seguida. Você compra o ticket por R$ 33 e pega um ônibus, daqueles turísticos de dois andares – o de cima tem teto mas não tem janelas, então é bacana para curtir a paisagem e o vento no rosto.

No caminho ele faz várias paradas que dão acesso a diferentes passeios, como caminhadas (a primeira de cerca de 9Km) e o famoso Passeio do Macuco, que custa R$ 198 por adulto e basicamente te leva num bote até quase de baixo d’água (veja na foto ao lado!), opção ideal para os mais aventureiros.

A penúltima parada é a que quase todos escolhem porque dá acesso a uma trilha de cerca de 1,5Km, bem tranquila de andar e com ótima vista para as cataratas ao longo do trajeto, com mirantes e bons lugares para fotos. A última parada é direto no final – caso haja alguém com dificuldade de locomoção no grupo, vá direto pra lá, caso contrário, desça do ônibus na parada anterior.

Ao final da caminhada chegamos à “Garganta do Diabo”, com uma passarela que leva até o meio das quedas. No início dessa passarela existe uma banca vendendo capas, que não vão te proteger 100%, mas é melhor do que nada – custam cerca de R$ 15.

No final está a loja de souvenires e os elevadores para voltar para a parte alta onde passam os ônibus.

Existe também a visita às Cataratas pelo lado Argentino, que dá outra visão do local. E há também um voo panorâmico de helicóptero por cerca de R$ 430 por pessoa (10 minutos sobre as Cataratas) ou mais de R$ 6.000 para grupos de 4 pessoas, por 35 minutos, sobrevoando Cataratas, Usina de Itaipu e Marco das 3 Fronteiras.

 

Parque das Aves

Do outro lado da Avenida, de frente para a entrada das Cataratas, está o Parque das Aves. Soa como um zoológico de pássaros, o que seria triste, mas é uma experiência surpreendentemente bacana. Custa R$ 36 por pessoa.

O interessante do Parque é que, diferente de um zoo comum, você não tem vários caminhos e apenas olha gaiolas/jaulas com animais dentro – lá existe um circuito único da entrada até a saída, que passa tanto entre áreas com pássaros atrás de telas, quanto dentro de domes com os pássaros soltos à sua volta.

            

De tucanos ao alcance da mão (imagem que abre este artigo, lá no topo) até o borboletário, é tudo muito bonito e estruturado, vale a pena conferir.

 

Usina Hidrelétrica de Itaipu

Usinas hidrelétricas são conhecidas por serem uma das opções menos poluentes de geração de energia e esta é simplesmente a maior em produção no mundo!

As instalações oferecem diversos tipos de passeios, optamos por dois: o Polo Astronômico e o Circuito Especial. 

 

Polo Astronômico

Os guias apresentam o calendário solar, explicam meteoros/meteoritos/asteroides/etc. (inclusive com alguns para você ver e tocar), há também bolas de boliche com o “peso de acordo com a gravidade de vários planetas”, enfim, uma série de curiosidades.

            

O passo seguinte é o observatório, uma cúpula com um belo telescópio que será explicado e então você poderá dar uma olhadinha. Aqui vem uma dica importante: às sextas e sábados existem visitas noturnas que incluem olhar para a lua e planetas. Opte por esta e reserve com antecedência!

Por fim, você irá para o planetário, uma sala escura com cadeiras dispostas em grandes círculos concêntricos com inclinação para olhar para o teto onde o céu noturno é projetado, com suas estrelas e, ao longo de uma narração, são exibidos planetas, nossa galáxia vista ao longe, o espaço profundo…

Para quem nunca foi a um planetário é muito interessante, mas o equipamento de projeção é um pouco antigo, então quem já conhece outros (inclusive os de SP e RJ), deve perceber a diferença.

Por R$ 22 cada adulto, valeu a pena. Não parece ser tão concorrido, chegamos sábado pela manhã e estava disponível tranquilamente.

 

Circuito Especial

Os mais preguiçosos podem optar pela Visita Panorâmica à Itaipú Binacional, na qual se dá uma volta pela parte externa do complexo, com as devidas explicações de um guia e paradas para tirar fotos. Mas se você gosta de saber mais, vai querer fazer o Circuito Especial, que inclui a visita externa e a interna.

Por R$ 74, você vai fazer o passeio enquanto ouve números impressionantes como: foram escavados 8,5 vezes mais do que na construção do Eurotunel, utilizado concreto suficiente para construir 210 estádios do Maracanãs, ferro e aço suficiente para 380 torres Eiffel, chegaram a trabalhar ao mesmo tempo mais de 40 mil pessoas nas obras, a vazão máxima do vertedouro chega a 40 vezes a média das Cataratas do Iguaçu, o lago da Usina é quase do tamanho da cidade de São Paulo, cada um dos 20 canos de passagem de água tem 10 metros de diâmetro e a altura da barragem principal equivale à de um prédio de 65 andares. Ufa!

Esses números realmente chamam a atenção e são uma demonstração da grandiosidade dessa obra orgulhosamente brasileira (e paraguaia) que nenhuma foto consegue dar.

             

Ao entrar, você poderá olhar para baixo e para cima e ver que há praticamente 100 metros nas duas direções.

        

As paredes vibram o tempo todo por conta do volume de água correndo, em contraste com a calmaria da sala de comando e suas telas enormes mostrando tudo o que os engenheiros precisam para manter as coisas funcionando. Descer até a turbina incluiu o curioso elevador que mostra o “andar 144” (na verdade, a altura em relação ao nível do mar).

        

Se der sorte, a vertente estará aberta e um volume gigantesco de água estará jorrando. Isso acontece cerca de 10% do ano, quando o volume do lago sobe demais sendo necessário deixar uma parte passar livremente por fora dos tubos das turbinas, antes que a água passe por cima da barragem.

Por passar dentro da Usina, as turmas desse passeio são menores, cerca de 15 por grupo, então é bom comprar com antecedência pela Internet.

 

Templo Budista

Independente de sua religiosidade, o templo budista é um dos pontos turísticos mais famosos da cidade. Com grama baixinha, estátuas grandiosas, pássaros voando, simplicidade e dourado juntos, há toda aquela típica tranquilidade oriental. É um lugar realmente muito bonito e a entrada é grátis.

              

 

Argentina e Paraguai

Cruzar as fronteiras é bastante simples – você deve pegar um pequeno trânsito a depender do horário, se possível evite próximo das 8h e das 18h.

Indo à Argentina, ao chegar à cabine, um funcionário vai pedir os documentos de todos que estiverem no carro (RG, CNH ou outro documento oficial com foto). Se o carro tiver insul film ou for a noite, abra o vidro traseiro para que ele veja quantas pessoas realmente estão no veículo. Devem perguntar onde você vai, basta responder e estará liberado.

Já na fronteira do Paraguai, apesar de bastante fila, não havia nenhuma fiscalização, nem na ida, nem na volta – pode ser diferente em outras datas e horários. Apesar da fama com falsificações, existem shoppings enormes com produtos originais e por preços realmente abaixo dos praticados no Brasil devido à isenção de impostos.

Se for com seu carro, saiba que existe um seguro chamado “Carta Verde”, obrigatório para rodar pelo Mercosul, que cobre terceiros em caso de acidente, hospital caso você adoeça, coisas do gênero. Custou R$ 74 para os 6 dias que estivemos por lá. Não foi pedido na fronteira em nenhuma das vezes que cruzamos (e foram várias), mas é melhor ter para evitar dor de cabeça.

 

Comunicação

Tanto Puerto Iguazu quanto Ciudad del Este recebem muitos brasileiros, por isso no geral é fácil se comunicar falando em português e entendendo o que falam em castelhano – alguns até se esforçam no nosso idioma. Quando necessário, diga que não entendeu e peça para repetirem, sem problemas.

 

Voltaremos!

Foz do Iguaçu tem passeios ótimos, com sua natureza exuberante e uma estrutura turística poucas vezes vista no Brasil. Além disso, permite uma esticada nos nossos vizinhos que também possuem suas próprias atrações.

Voltamos com a vontade de ir mais vezes!

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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