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Abaixo da camada de gelo da Antártida Ocidental há lava quente, na forma de vulcões e “hotspots” (pontos quentes), que estão contribuindo para o derretimento da geleira Thwaites, uma das maiores da região.

Há tempos a ciência sabe que essa região é sismicamente ativa e que o leste e o oeste da Antártida estão se separando. Em 2013 um grupo de cientistas encontrou um novo vulcão abaixo da camada de gelo da região oeste da Antártida.

Além disso ainda há o problema das alterações climáticas. Dustin Schroeder, principal autor do estudo e geofísico na Universidade do Texas em Austin, diz que o derretimento das geleiras poderia levar centenas ou milhares de anos para se reverter, mas que esse fenômeno afeta diretamente na elevação do nível do mar.

Usando modelos gráficos os cientistas tentam “prever” o futuro da região, mas a energia geotérmica subglacial é muito difícil de ser medida, já que o calor vulcânico não é uniforme. Os pontos quentes, sem dúvida, influenciam mais no derretimento de algumas áreas que em outras.

O Co-autor do estudo, Don Blankenship, também geofísico da UT Austin, disse em um comunicado que “é o ambiente térmico mais complexo que você pode imaginar (…) E então, você bate na mais crítica e dinamicamente instável camada de gelo do planeta, no meio de tal coisa, e em seguida, tenta modelá-lo. É praticamente impossível”.

 

Estudo dos Hotspots

Em 2013 foi publicado um estudo onde pesquisadores mapearam os sistemas de canais que fluem abaixo da geleira Thwaites. Usando dados de radar aéreo, os pesquisadores descobriram pontos onde o derretimento era mais intenso e, checando a geologia subglacial da região, constatou-se que esses pontos estavam localizados perto de vulcões confirmados, suspeitos ou outros pontos quentes.

Schoreder diz que “há um padrão de hotspots. Um deles é próximo ao Monte Takahe, que é um vulcão que realmente se destaca da camada de gelo”.

Os pesquisadores relataram para a revista Proceedings of the National Academy of Sciences que o fluxo de calor abaixo da geleira Thwaites é de 114 miliwatts por metro quadrado (Um miliwatt é um milésimo de um watt), enquanto nos outros continentes é de 65 miliwatts por metro quadrado. Em comparação, é muito quente para os padrões continentais, disse Schroeder.

Esse derretimento extra, causado pelos vulcões internos, pode acelerar, por baixo, o fluxo para o mar. Para entender melhor no que isso contribui e o que significa para o futuro das geleiras da Antártida, geologistas e cientistas climáticos deverão incluir os novos dados e descobertas nos gráficos de estudo. Schroeder e seus colegas pretendem expandir os estudos para as outras geleiras da região. Ele diz que “qualquer área da camada de gelo da Antártida Ocidental é candidata ao derretimento, e nós temos dados que cobrem grande parte dela”.

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Fonte: livescience.com. Imagem: Wikipedia

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