A produção de energia eólica no Brasil ainda é tímida. Mas tem tudo para decolar em 2009

Em breve, o Brasil poderá ter a maior usina eólica do mundo. Só não se sabe ainda se ela estará no Rio Grande do Sul, no Ceará ou se os parques dos dois estados vão disputar megawatt por megawatt o título de maior produtor de energia limpa do país. E a expectativa de projetos desse tipo não fi ca restrita aos gaúchos e cearenses. Há também iniciativas pipocando em Santa Catarina,no Rio Grande do Norte, na Paraíba e em outros cantos do Nordeste e do Sul.

Apesar de projetos como esses, considerando o total de energia produzida no país, ainda somos nanicos. Se comparado com os Estados Unidos, que têm capacidade instalada de 25 170 MW e com a China, que gera 12 210 MW de energia eólica por ano, o Brasil produz míseros 420 MW. Mas o papel dos cataventos ecológicos aqui é diferente. Ao contrário das nações que buscam saídas para a dependência de fontes esgotáveis e poluentes, o Brasil tem uma vasta capacidade de abastecimento proveniente das usinas hidrelétricas, naturalmente renováveis e com menor impacto ambiental. Assim, as usinas eólicas não chegam com papel de salvadoras da pátria, mas como uma alternativa estratégica.

“Sempre foi dito que os recursos hídricos são ilimitados, mas o considerável aumento do consumo energético no Centro-Sul do país tem mudado esse conceito”, diz Pedro Perrelli, diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). É nesse ponto que as ventanias podem soprar a favor do Brasil. Historicamente, os períodos com menos chuva são os mesmos em que o país tem mais vento. Surge assim a palavra-chave da energia eólica no Brasil: complementariedade.

Devido as suas características geográficas, o país tem espaço para projetos de todos os tamanhos, servindo estados inteiros ou apenas um parque industrial ou uma fábrica. No parque eólico de Osório, no Rio Grande do Sul, que tem potência instalada de 150 MW e é considerado o maior da América Latina, a meta do governo é usar o local para a geração de energia e priorizar o uso da água para a irrigação e outras atividades. Se confirmada, a duplicação da potência do parque vai gerar energia equivalente ao consumo anual de 1,3 milhão de residências.

Clique para continuar lendo na Info Professional

facebook-profile-picture
 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
Veja outros artigos por e escreva também para o eco4planet!
             
Quem somos
Na mídia
Contato
Anuncie (mediakit)
Como divulgar
 
 
©2008-2024 eco4planet | Privacidade
©2008-2024 eco4planet | Privacidade