O tambaqui, peixe típico da bacia amazônica, praticamente sumiu dos rios da região por conta da pesca predatória nos últimos 15 anos. Contudo, com a criação em cativeiro, consumidores passaram a encontrar a iguaria facilmente, sem o risco de comprometer a espécie.
Assim como o tambaqui, diversas outras espécies nativas e introduzidas são criadas em cativeiro afim de poupar o meio ambiente e conseguir melhores resultados com engorda e tempo de abate. A tilápia, por exemplo, é uma espécie introduzida usada como matéria-prima para pratos em uma rede de restaurantes de Campo Grande/MS.
Com carne firme e saborosa que conquistou o paladar dos consumidores, a tilápia é criada em cativeiro e é abatida em apenas um ano de criação com ração própria. A franquia de restaurante, presente na capital e em Três Lagoas, na divisa com São Paulo, especializou-se na tilápia e conseguiu o diferencial no mercado.
A piapara também é uma espécie amazônica bastante adaptada para a criação em cativeiro. Onívora, come de tudo e também representa um baixo custo na produção, por conta da boa conversão alimentar.
Presente principalmente nos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, o dourado é um peixe com as mesmas características de manejo que a piapara: onívoro, carne de qualidade e sabor agradável e representa baixos custos na produção.
Com as espécies nativas, o sabor é sempre um ponto forte para o peixe selvagem, sendo recomendado que a ração deixe de ser ofertada até 10 dias antes do consumo e o peixe consuma apenas aquilo que ele encontraria em um rio: frutas, pequenos peixes, crustáceos e algas.
No Acre, por exemplo, onde 80% da área é de mata amazônica (protegida), a criação de peixes em cativeiro não só alavancou a economia de produtores rurais, como reduziu as áreas necessárias para pasto do gado.
A criação de peixe em cativeiro, que tem suas divergências com ambientalistas (veja o caso do salmão e da tilápia), seria uma alternativa melhor que a pesca predatória? É possível, principalmente se feito da maneira correta. Como neste vídeo, em que o criador tem um tanque fechado e pequeno no quintal de casa e produz tilápia para consumo próprio.
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