O mercado de pets está cada vez maior – basta notar a quantidade de petshops, novos utensílios, colares, comidinhas, até festas de aniversário. A sociedade vem se aproximando dos bichos além de se tornar mais consciente da questão ambiental, mais ecologicamente correta e mais engajada na luta contra os maus-tratos.
Graças as redes sociais, como Facebook, e comunicadores, como Whatsapp, diversos vídeos tem se espalhado na tentativa de identificar, denunciar e punir aqueles que maltratam animais, como pescadores que perseguiram uma sucuri e outros que mataram uma onça a pauladas. São casos de animais arrastados, abandonados, torturados e escalpelados.
O assustador nisso tudo é que, mesmo com a atenção das pessoas e a tentativa de divulgar para punir, até hoje ninguém foi preso por maus-tratos. Em meados de 2015 a condenação de Dalva Lina da Silva a 12 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de dezenas de animais entre gatos e cachorros foi comemorada, mas poucos dias depois, revogada.
Bom lembrar que a legislação para a proteção de animais domésticos e silvestres existe há mais de 80 anos. Pelo Decreto lei N° 24.645, de julho de 1934 todo animal é tutelado do Estado, além de serem definidas várias formas de maus-tratos, inclusive manter animal preso à corrente o tempo todo (como muitos fazem com cachorros) ou deixar faltar água e comida. Complementando, em 1998 a Lei 9.605 do Novo Código Penal apresentou os agravantes e atenuantes em casos de maus tratos.
Quanto mais a sociedade amadurece, mais natural se torna exigir justiça e as pessoas vão abandonando essas práticas – seja pela certeza da punição ou pela própria consciência.