Taguatinga, Distrito Federal, 28 de agosto. Willian Campos estava numa praça conversando com um colega e passeando com seu cão, um rottweiler de cinco meses. O cachorro estava sem focinheira e – o caso se divide em duas versões. Na versão de Willian, ao avisar a necessidade da focinheira, o policial ameaçou matar o cão se ele não fosse retirado de maneira imediata. Já na versão dos policiais, Willian teria feito um ‘teatro’ quando foi abordado e, quando o policial foi explicar o que acontecia, o cachorro avançou e então o policial atirou para se defender. Após o cachorro ser abatido com um tiro na cabeça (que bela mira o policial teve pra atirar no reflexo, não?) Willian ficou desolado e perdeu a cabeça, chegando a ser fichado por desacato.
Os policiais negam que tenham feito tal barbárie e que também tenham ameaçado o cidadão. José Silva, delegado da região, diz que pretende ouvir novas testemunhas para identificar se o animal representou algum risco à integridade física do policial. “Estamos tentando ouvir testemunhas isentas, que não sejam militares nem familiares do rapaz, para saber se houve excesso do policial, se havia realmente necessidade de abater o animal”, disse Silva. O mais interessante é precisar ouvir alguém que não é oficial, já que pressupõe-se que ele poderia encobrir o atirador…
Para evitar que a investigação acabe em pizza – fato corriqueiro na região do planalto central – internautas criaram uma petição online pedindo justiça no caso. Você pode se inscrever nela clicando aqui.
A lei diz que animais de “raças agressivas” ou sem raça definida em vias públicas e parques devem usar enforcadeira e focinheira, ficando sob responsabilidade do dono qualquer eventual acidente em função da falta dos equipamentos de contenção. Ok, legal. Mas “acidente” não é o que eu usaria para descrever um tiro na cabeça de um animal.
Via G1 (Valeu, Lets!) | Imagem: Cão Rottweiler no Flickr/flashdgr81
