Ao contrário das baterias atuais, a quântica dispensará as reações químicas
Ao contrário do modelo convencional, a bateria quântica dispensa as reações químicas/Foto: Vítor Sá – Virgu

Físicos das universidades de Tohoku e Tóquio, no Japão, e da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo tipo de bateria, bem diferente de todos os modelos capazes de armazenar energia atualmente. Em vez de armazenar e disponibilizar energia através de reações químicas, a bateria spintrônica (quântica) realiza o armazenamento em minúsculos imãs.

O novo modelo de bateria armazena e libera energia ao explorar a propriedade quântica do spin dos elétrons. Assim como um carrinho de brinquedo que funciona por meio de corda, também pode-se dar corda na bateria de spin, com o objetivo de recarregá-la. Para que a recarga seja realizada é necessária a aplicação em um campo magnético externo, sem nenhuma reação química envolvida – o que contribui para a preservação da biodiversidade, pois, geralmente, os componentes químicos são extraídos da natureza.

“Nós tínhamos antecipado o efeito, porém o dispositivo produziu uma tensão mais de 100 vezes maior e por dezenas de minutos, em vez dos milissegundos que esperávamos. O fato de isso ser contra-intuitivo é o que levou à nossa explicação teórica do que estava acontecendo”, destacou o professor Stewart E. Barnes, coordenador do projeto. A bateria quântica possui nanomagnetos para induzir uma força eletromotriz. Os princípios são os mesmos do modelo convencional, mas ela atua de forma mais direta.

Representação gráfica da estrutura da bateria quântica
Representação gráfica da estrutura da bateria quântica/Imagem: divulgação

Atualmente, a energia armazenada em iPods ou até mesmo em carros elétricos fica armazenada na forma de energia química. Quando ligada, os compostos químicos produzem a energia elétrica vital para o funcionamento do circuito recém ligado.

Utilização

A princípio, a descoberta será útil na criação de discos rígidos sem partes móveis para computadores, que deverão ficar mais rápidos, baratos e econômicos. Futuramente, com o avanço das pesquisas, a nova bateria poderá ganhar capacidade suficiente para alimentar automóveis elétricos, que poderão ser definitivamente viabilizados. De acordo com Barnes, a energia armazenada na bateria quântica pode alimentar um automóvel por muitos quilômetros.

*Com informações da Revista Físicas Naturais em EcoDesenvolvimento

             
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