O Ministério do Meio Ambiente está estudando uma maneira de regulamentar o consumo de água de reuso. Ainda não se sabe de que maneira – normatização ou decreto/lei – isso vai acontecer, mas a ministra da pasta, Izabella Teixeira, ao participar do seminário internacional Gestão da Água em Situações de Escassez, ocorrido em São Paulo na última semana, firmou este compromisso com os presentes.

Com a participação de representantes dos governos do China, Austrália, Espanha e vários outros países, o evento visava a discussão de soluções para tratar, de uma maneira mais responsável, do uso da água e dividir as experiências de cada lugar sobre como lidar com a estiagem e seus impactos ambientais.

O Brasil nunca soube usar, com responsabilidade, a fartura na oferta de água que sempre teve. Agia como um verdadeiro apostador da mega sena online que nunca foi conferir se seu bilhete estava premiado. A realidade atual fez com que se fosse buscar soluções para a seca que se apresenta em diversas regiões do país, em especial com o que acontece no sudeste, ultimamente.

A ministra resaltou que há verba federal para os estados que tiverem projetos que visem uma melhor distribuição de recursos hídricos, combate a seca e tratamento – com meios de reutilização – do esgoto. A depender da técnica utilizada, há meios de se consumir a água proveniente do esgoto doméstico na indústria, na agricultura e até para o consumo humano.

“O Brasil tem grande capacidade técnica para isso”, afirmou a ministra. Representantes da indústrias cobraram uma regulamentação com urgência do governo. Atualmente, toda água utilizada pelo setor é descartada livremente em rios e mares, sem que haja nenhum controle, lei ou reaproveitamento, a não ser que a empresa queira lidar com o assunto de um jeito mais consciente. Com o controle, haverá uma uniformização no custo desta prática sustentável.

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