Os e-designs, criados por pesquisadores para diminuir o consumo de energia de telas LCD sem diminuir a qualidade

Imagine ter um dispositivo eletrônico cuja tela misture a resolução, as cores e a velocidade das imagens do iPad com baixo consumo de energia do Kindle.

Em três anos, você poderá ter um celular, laptop ou outro dispositivo com tela de cristal líquido que reúna todas essas características.

Pesquisadores da Universidade de Cincinnati, em parceria com as empresas Gamma Dynamics, Dupont e Sun Chemical, criaram um mecanismo capaz de aproveitar a luz natural do ambiente para diminuir o consumo de bateria de todos os gadgets com tela.

O chamado e-Design poderá ser fabricado com tecnologia e materiais comuns hoje em dia e, segundo os pesquisadores, dispensará o uso de pesadas baterias.

Atualmente, aparelhos eletrônicos são divididos em dois grupos: o primeiro inclui aqueles que oferecem funções limitadas e baixa velocidade, mas precisam de pouca energia (caso do Kindle e de outros e-readers). No segundo, aparelhos como celulares, laptops e iPads, que têm grande saturação de cor, velocidade de vídeo e outras funções- tudo a um custo alto de consumo de energia. Além disso, a tela de cristal líquido exige uma fonte interna de luz que deixa a visibilidade ruim em luz natural.

O novo dispositivo combina as melhores características dos dois grupos. Ele precisa de pouca bateria porque faz uso da luz natural no lugar de uma forte luz interna. Essa tecnologia eletrofluída ainda seria capaz de mostrar imagens brilhantes e em alta velocidade.

Atrás da tela de display estão duas camadas de líquidos (óleo e uma disperção colorida, como tinta de impressão). Entre as duas camadas estão eletrodos reflexivos, que funcionam como espelhos.

A luz ambiente entra através da tela e atravessa a primeira camada de líquido, atingindo os eletrodos e refletindo para os olhos do usuários, criando a percepção de uma imagem brilhante e colorida. Uma pequena carga elétrica abastece o movimentos dos fluidos, Quando a substância pigmentada está “sobre” a camada de eletrodos (entre a luz ambiente e os eletrodos), ela cria um raio refletido de luz colorida que, combinada à luz do ambiente, produz um display colorido.

Para os pesquisadores, em cerca de três anos os primeiros produtos com essa tecnologia devem começar a surgir.

O resultado de sete anos de trabalho, e que já foi enviado para ser patenteado nos Estados Unidos, aparece na Applied Physics Letters. O estudo foi liderado por Jason Heikenfeld. [Info]

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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