A Optimum Population Trust (OPT) é uma fundação de caridade do Reino Unido que tem como objetivo ajudar a controlar o crescimento da população mundial.
Segundo estudos feitos pela própria organização, cada £4 gastas com planejamento familiar reduz em uma tonelada a emissão de CO2 na atmosfera. Um feito similar exigiria o dobro investido em reflorestamento, £15 em energia eólica, £31 em energia solar e £56 em tecnologia de veículos híbridos.
Por isso, esta semana, eles lançaram o projeto PopOffsets que permite às pessoas “compensar suas emissões de carbono fazendo doações online para apoiar o planejamento familiar” – especialmente em países pobres.
Isso porque, em muitas comunidades no mundo, homens e mulheres não têm acesso a métodos ou nem mesmo a informações que os permitam controlar quantos filhos querem ter.
Para ilustrar a necessidade de se diminuir a taxa de natalidade, a OPT destaca que a população mundial saltou de um bilhão em 1800 para 2,5 bilhões em 1950 e chega hoje a mais de seis bilhões. A capacidade da Terra, no entanto, é finita e o crescimento atual é ambientalmente insustentável.
Um dos lemas da OPT é o “Stop at Two”, ou “Pare no segundo”, se referindo ao número máximo de filhos que um casal deveria ter.
Outra sugestão é para que os empregadores treinem mão de obra local, incluindo as minorias étnicas, idosos e portadores de deficiência. Dessa forma, se estaria reduzindo a pressão por imigrantes jovens – especialmente em nações européias como Reino Unido e França – e, consequentemente, diminuindo a pressão para o aumento de natalidade.
As associações de planejamento familiar auxiliadas estão principalmente em países em desenvolvimento – ou subdesenvolvidos. As FPAs (Family Planing Association) da Índia e do Quênia, por exemplo, já recebem ajuda.
A Blue Ventures também tem apoio da OPT no seu trabalho em Madagascar – um dos locais de maior crescimento populacional do mundo, com média de cinco nascimentos por mulher e metade da população abaixo dos 15 anos. Lá, somente uma em cada cinco mulheres tem acesso a métodos contraceptivos, apesar das tentativas do governo.
Apesar de afirmar que as doações ajudariam a “compensar” as emissões de quem contribuísse (um argumento no mínimo contestável, uma vez que quem estará reduzindo suas emissões são os países auxiliados, e não os doadores), o projeto tem como objetivo informar as pessoas –e tornar possível suas escolhas em relação à família. Quem se interessar, quiser saber mais ou até mesmo doar, basta acessar o site da organização.
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*Via Info.