Plantação de soja

Os governos do Brasil e da China firmaram para desenvolver pesquisas em organismos geneticamente modificados, de modo a possibilitar ganhos de produtividade agrícola nos dois países. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, depois de se reunir com o ministro chinês da Agricultura, Han Changfu.

Wagner Rossi disse que o trabalho de pesquisa ficará a cargo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Academia de Ciências Agrícolas da China. Ele não citou números, mas salientou que a parceria sino-brasileira visa também à ampliação de investimentos no comércio bilateral de produtos de origem agropecuária.

Como os dois países têm forte potencial agrícola, o ministro afirmou que “existem muitos pontos de convergência nos dois sentidos”. Como a China já é o principal protagonista do comércio exterior brasileiro, “existem nichos de interesse da atividade privada que podem render muito mais ainda”, disse o ministro.

Um exemplo, segundo ele, são os acordos que o governo de Goiás negocia com entidades chinesas para relações comerciais específicas em torno de diferentes produtos, principalmente a soja. O potencial de produção goiana de soja é de 18 milhões de toneladas por ano e, apesar de o produto ser originário do país asiático, a China é o maior importador mundial da leguminosa.

Segundo Rossi, os chineses demonstraram interesse em intensificar o intercâmbio de informações, com destaque em biotecnologia e agroenergia, por reconhecerem a excelência das pesquisas da Embrapa. Eles também acreditam que quem desenvolve produtos geneticamente modificados tem mais poder no comércio internacional do agronegócio, e Brasil e China lideram as pesquisas mundiais nessa área, acrescentou.

Perguntado se a valorização do real ante o dólar não atrapalharia a cooperação bilateral, o ministro disse que a questão não foi levantada no encontro dos dois ministros. Ressaltou, porém, que, apesar das deficiências brasileiras de infraestrutura que tornam as exportações menos competitivas, o Brasil tem batido recordes seguidos nas vendas externas de soja, carnes e outros alimentos.

Mas o ministro aponta outros problemas. “O Brasil é o grande fornecedor mundial de proteína animal e vegetal porque o produtor brasileiro é resistente e temos que apoiar essa agricultura pujante com base em um seguro rural que garanta renda ao produtor”. Ele enfatizou que o preço mínimo de produção, que vigora atualmente, “não remunera nem garante a atividade”. [Info]

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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