Com o desabastecimento dos postos de combustíveis o paulistano tem procurado alternativas para o transporte individual, seja ônibus, metrô, bicicleta, ou mesmo trabalhar a partir de casa quando possível. Se isso tem causado incontestáveis transtornos, ao menos para a qualidade do ar tem sido bastante positivo. É o que se nota no mapa acima e que explica Maria Lúcia Guardani, gerente de qualidade do ar da CETESB:
Hoje, como a cidade está com menos veículos e temos uma condição metereológica favorável, todas as nossas estações registram uma qualidade do ar boa
O indicador está acima da média para essa época do ano em que o tempo seco, pouco vento e falta de chuvas acaba acumulando poluentes no ar.
Aliado a redução de veículos, a cidade apresentou ventos fracos a moderados ajudando a dispersar as partículas, especialmente o MP2.5, uma poeira de até 2.5microns que por ser tão fina ultrapassa a barreira natural de pelos do corpo, entrando pela narina e chegando facilmente aos alvéolos pulmonares, desencadeando problemas respiratórios como alergias, inflamações e até infecções.
As 28 estações da Companhia analisam partículas inaláveis, como o MP2.5, fumaça, ozônio, monóxido de carbono, dióxido de enxofre e de nitrogênio. Com um modelo de simplificação mundialmente aceito chega-se aos índices bom, moderado, ruim, muito ruim e péssimo, e, diferente dos primeiros dias da semana passada em que o índice atingiu moderado e ruim, todas as estações passaram a apresentar o melhor índice neste início de semana.
É, afinal, um bom momento para repensar o uso dos carros e para praticar atividades ao ar livre.
fonte: CETESB / ClimaTempo / R7