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Cerca de 13 milhões de hectares de florestas foram convertidos ou perdidos devido à causas naturais em todo o planeta, por ano, entre 2000 e 2010. Na década de 1990, a velocidade anual era de 16 milhões de hectares/Foto: leoffreitas

O desmatamento mundial tem diminuído nos últimos dez anos, principalmente no que diz respeito a conversão de florestas tropicais em terras para agricultura, mas os resultados ainda são alarmantes em muitos países.

A conclusão está no relatório anual Avaliação dos Recursos Florestais Mundiais 2010, apresentado na quinta-feira, 25 de março, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Hectares

Cerca de 13 milhões de hectares de florestas foram convertidos ou perdidos devido à causas naturais em todo o planeta, por ano, entre 2000 e 2010. Na década de 1990, a velocidade anual era de 16 milhões de hectares.

O estudo avaliou áreas de todos os países do mundo. A América do Sul e a África lideraram as perdas por continentes no período.

Mas Brasil e Indonésia, que tinham as maiores perdas nos anos 1990, reduziram significativamente as taxas de desmatamento, como explicou à Rádio ONU, de Santiago (Chile), o oficial principal de florestas do escritório regional da FAO, Carlos Marx Carneiro.

“O Brasil reduziu em quase 400 mil hectares por ano o desmatamento nesse período de dez anos. É uma tendência muito positiva e deve melhorar porque o país fomentou muitas políticas para que isso acontecesse. O Brasil está reflorestando muito, com média de 500 a 600 mil hectares por ano”, explicou Carneiro.

Árvores

O relatório ressalta que o resultado positivo na última década mostra que houve melhoria na legislação, políticas para florestas, uso dessas áreas por comunidades locais e povos indígenas, além de maior conservação da diversidade biológica. Programas para plantio de árvores em países como China, Índia, Estados Unidos e Vietnã também contribuíram.

A taxa menor de desmatamento e o aparecimento de novas florestas tem ajudado ainda a reduzir o nível elevado de emissões de carbono. Mas a FAO alerta que as perdas ainda são altas em muitos países e as áreas de florestas primárias, que nunca tiveram atividade humana, continuam diminuindo.

Fique por dentro das principais conclusões do relatório:

  • O Brasil perdeu uma média de 2,6 milhões de hectares de florestas por ano nos últimos 10 anos, comparado com uma perda anual de 2,9 milhões de hectares anuais na década de 90; na Indonésia as perdas foram de 500 mil hectares no período de 2000-2010 e de 1,9 milhão de hectares no período de 1990-2000.
  • Florestas primárias representam 36% do total da área florestal mundial, mas diminuíram em mais de 40 milhões de hectares desde 2000. Isso aconteceu, principalmente, pela reclassificação de florestas primárias para “outras florestas regeneradas naturalmente” por causa do corte seletivo de árvores e outras intervenções humanas.
  • A área florestal em parques nacionais, áreas silvestres e outras áreas legalmente protegidas aumentou em mais de 94 milhões de hectares desde 1990 e agora equivale a 13% do total da área florestal.
  • As florestas estão entre os maiores depósitos de carbono do mundo. Suas árvores e vegetação detém cerca de 289 gigatoneladas (Gt) de carbono. Somada, a quantidade de carbono retida na biomassa florestal, madeira e folhas em processo de decomposição e no solo é maior que o total de carbono na atmosfera. No mundo, os estoques de carbono na biomassa florestal diminuíram cerca de 0,5 Gt por ano entre 2000-2010, principalmente por causa de uma redução na área florestal total.
  • Incêndios, pragas e doenças estão causando danos adicionais às florestas em alguns países. Em media, se informou que 1% de todas as florestas foram afetadas cada ano por incêndios florestais. Pragas de insetos danificam anualmente cerca de 35 milhões de hectares. Eventos climáticos extremos como tempestades, nevascas e terremotos também afetaram as florestas na última década.
  • Desde o ano 2000, 76 países criaram ou atualizaram suas políticas florestais; e, desde o ano 2005, 69 países (principalmente na Europa e África) promulgaram ou alteraram suas leis florestais.
  • A compilação de dados para a Avaliação dos Recursos Florestais Mundiais se torna cada vez mais completa e precisa. Novos dados e informações adicionais sobre reflorestamento e a expansão natural de florestas nos últimos 20 anos tornaram possível estimar taxas de desmatamento e perdas por causas naturais com mais precisão. A nova estimativa global para o período 1990-2000 (cerca de 16 milhões de hectares por ano) é mais alta que a estimativa anterior (13 milhões de hectares) porque ela agora inclui dados de desmatamento dentro de países que, no geral, tiveram um ganho líquido total em cobertura florestal.
  • Até o final de 2011, um estudo que está sendo realizado com técnicas de sensoriamento remoto de florestas, liderado pela FAO, com amostras de aproximadamente 13.500 locais durante um período de 15 anos, entregará dados ainda mais precisos para as taxas de desmatamento global e regional.

*Via EcoDesenvolvimento.

             
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