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Segundo a ONU, cerca de 963 milhões de pessoas não têm acesso a alimentos no planeta. E a situação se agravou no último ano.

Calcula-se que o consumo anual de alimentos em todo o planeta seja de 375 milhões de toneladas; e que a maior parte deste total provenha das plantas. Considerando-se que 10% deste alimento são vegetais consumidos in natura e que outros 10% são de folhas e talos aproveitáveis na alimentação e que são jogados fora, tem-se um desperdício de quase 4 milhões de toneladas de alimentos. Os números fazem parte de um extenso relatório da ONU sobre o assunto, publicado em 2008.

O desperdício se dá em todas as fases da produção de alimentos, desde o plantio e a colheita até o consumidor final. Calcula-se que hoje, no Brasil, 20% de toda a produção agrícola seja perdida durante a colheita e que outro tanto vá para o ralo durante o transporte ou devido a embalagens inadequadas. Esses índices de perda só são menores nos países do chamado Primeiro Mundo, mas há países que perdem até 70% de sua produção devido a fatores diversos – casos, principalmente, de nações centroamericanas, africanas e muitas asiáticas.

O mundo “incinera” milhares de toneladas de alimentos todos os anos devido à má conservação, deterioração ou contaminação por agrotóxicos. E esse desperdício está em todos os lugares; ocorre, muitas vezes, sem que percebamos. Só para se ter uma ideia, no Ceagesp do Rio de Janeiro cerca de 40 toneladas de alimentos são perdidas diariamente.

Fome no Brasil
O último dado sobre a fome no Brasil, divulgado pelo IBGE, mostra que 14 milhões de brasileiros passam fome. A pesquisa, de 2006, demonstra que 7,7% da população vivem em domicílios nos quais a fome está presente. Já a última publicação do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) revela os níveis de insegurança alimentar. O estudo aponta que 72 milhões de pessoas (39,8% da população) estão vulneráveis à fome em maior ou menor grau: têm preocupação com a falta de dinheiro para comprar comida; perderam qualidade em sua dieta; ou ingeriram alimentos em quantidade insuficiente. São 18 milhões os domicílios afetados pelo problema – ou 34,8% do total.

As estimativas mundiais atuais indicam que:

1. Cerca de 24 mil pessoas morrem diariamente devido à fome ou a causas relacionadas com ela. Esse índice era de 35 mil em 1998, e de 41 mil em 1988.

2. 10% das crianças dos países em desenvolvimento morrem antes dos 5 anos. Há cinquenta anos, a porcentagem era de 28%.

3. A maior parte das mortes por fome é provocada pela desnutrição crônica. As famílias simplesmente não conseguem obter comida.

4. Além da morte, a desnutrição crônica também provoca a diminuição da visão, apatia, atrofia do crescimento e aumenta consideravelmente a susceptibilidade às doenças. Pessoas que sofrem de desnutrição grave ficam incapacitadas das funções mais básicas.

5. Segundo as estimativas, cerca de 963 milhões de pessoas em todo o planeta sofrem de fome e subnutrição – algo em torno de 14% da população mundial.

6. Muitas vezes, são necessários recursos simples para que os povos empobrecidos tenham capacidade de produzir alimentos e se tornarem autossuficientes. Esses recursos incluem sementes de boa qualidade, ferramentas adequadas e o acesso a água.

7. Muitos peritos nas questões da fome acreditam que a melhor maneira de reduzir a fome é através da educação. As pessoas instruídas têm maior capacidade para sair do ciclo de pobreza que provoca a fome.

Fontes: relatórios da ONU, IBGE, Pnad e Ceagesp. Retirado de PlanetaInteligente.

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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