Plantação da coca em terrenos desbravados põe em risco o meio ambiente
Plantação de coca em terrenos impróprios é um risco para o meio ambiente/Foto: Josdamet

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) lançou um alerta em meio às comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho. De acordo com a agência, a produção de 1 grama de cocaína leva à destruição de 4m² de florestas. E 100 gramas da droga são o suficiente para contaminar 20 litros de água, além de gerar 60 kg de sujeira.

Danos

O diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, Cebrid, da Universidade Federal de São Paulo, Elisaldo Luiz de Araújo Carlini, explicou à Rádio ONU, de São Paulo, sobre como a produção da cocaína pode afetar ao meio ambiente:

“A cocaína é obtida de uma planta, a coca, e toda planta exige um terreno para poder crescer, ser cultivada. Mas ela não pode ser plantada em terrenos que já estão desbravados, pois é uma plantação criminosa, clandestina, então tem que ser colocada em locais de difícil acesso, no meio de florestas. E é isso que é responsável pela grande degradação do meio ambiente. Os traficantes mantêm essas plantações clandestinas em locais de difícil acesso, e para fazerem suas plantações, eles simplesmente acabam roubando a mata nativa, natural, prejudicando o meio ambiente.”

Carlini alertou ainda para os danos causados durante a extração da droga.

“Para você extrair a cocaína, você tem que usar muitos poluentes, bastante ruins para a natureza. Se usa ácido sulfúrico, pode se usar permanganato de potássio, soda cáustica, ácido clorídico, gasolina, éter sulfúrico, uma quantidade muito grande de poluentes, em quantidades bastante grandes. Esse material extrai a cocaína das folhas que foram maceradas, e depois se extrai a cocaína que foi retirada, ou seja, tem que jogar fora esses poluentes para se obter a cocaína. E isso é outra coisa que contamina a natureza, os lençóis freáticos, os rios, os lagos, enfim”, explicou.

Média Mundial

No sudeste asiático, Camboja, Indonésia e Filipinas têm a taxa de desmatamento mais rápida do mundo, de acordo com dados da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO).

Eles estão perdendo mais de 2% de sua floresta ao ano, enquanto a média mundial anual é de 0,18%.

Ainda como parte das comemorações para o Dia Mundial do Meio Ambiente, neste ano, a Universidade das Nações Unidas, com sede no Japão, lançou uma parceria com o site YouTube. O canal “Pense Verde” aborda temas sobre mudanças climáticas e já atraiu 15 milhões de usuários por mês.

O novo meio de comunicação deverá ficar no ar por um ano.

*Via EcoDesenvolvimento.

             
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