Se uma árvore cai em uma floresta e ninguém está lá para ouvi-la, ela faz barulho? E se uma impressora não precisa de toner, tinta e nem papel sulfite, ela ainda é uma impressora? Bem, sim e sim.
Usando papel de plástico, este é um jeito bastante ecológico (e caro) de se imprimir.
O “papel” da impressora PrePeat RP-3100 é feito de plástico PET, e pode ser reutilizado por até 1.000 vezes. A cada nova impressão o aparelho apaga o que estava escrito para então imprimir o novo texto. Tudo isso feito apenas com aquecimento, sem tinta.
A PrePeat RP-3100 pode ser bem ecológica, mas tem suas desvantagens. Ela só imprime em preto-e-branco, e custa absurdos 5.600 dólares — e cada folha de “papel de plástico” sai por 3,35 dólares. CADA. (e elas são vendidas em lote de mil).
Bom, fazendo as contas talvez seja um pouco menos ruim. Com reuso de 700 vezes (mil é o máximo, então sejamos razoáveis), cada impressão sai por US$ 0,0048, menos de meio centavo de dólar, ou algo como 8 a 9 décimos de centavos de Real. Uma folha A4 comum custa cerca de R$ 0,02 e ainda gasta tinta/toner então, digamos que custe R$ 0,023/impressão. Logo, se a PrePeat imprimir algo como 700 mil páginas ela terá um custo menor (impressora + folhas PET) se comparada a uma impressora comum + sulfite + tinta/toner. Isso demoraria uns 6 anos imprimindo 500 páginas por dia útil, então, até é possível, mas por favor concorrentes, copiem e façam o preço baixar – muito.
Para fazer sentido, é bom lembrar, essa impressora precisa ser usada em um ambiente fechado, uma empresa provavelmente, para que a mesma folha seja reimpressa centenas de vezes. Se forem arquivadas ou enviadas para outra localidade onde não serão reaproveitada, vai tudo por água abaixo.
[Sanwa Newtec via CrunchGear via Gizmodo]
