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Reciclagem é fundamental para a sustentabilidade do planeta/Foto: macfacizar

O governo federal vai anunciar ainda este mês a retirada do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) sobre os produtos reciclados. A informação foi divulgada na quinta-feira, 15 de outubro, pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. O objetivo é estimular a cadeia produtiva dos reciclados, que já teriam pago impostos anteriormente, na sua forma original de produção.

“A retirada do imposto sobre os produtos reciclados é uma coisa que há muito tempo eu converso com o ministro [da Fazenda, Guido] Mantega, o que é fundamental, pois sem mecanismos econômicos de crédito, juros e impostos, estamos no idealismo. O meio ambiente e o clima vão avançar quando entrarem na economia real. O que significa formação de preço, política diferenciada de crédito e política tributária”, explicou Minc.

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Carros elétricos têm taxa de IPI mais alta do que os convencionais/Foto: Adriano Lima

O ministro adiantou que o anúncio deve ser feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 29 de outubro, em São Paulo. Minc afirmou ainda que já existem entendimentos com o Ministério da Fazenda para a retirada de impostos sobre produtos de geração eólica e também a respeito da redução tributária sobre o carro elétrico, que paga mais IPI do que um veículo convencional.

Outra medida em estudo pelo governo é o incentivo a cooperativas de catadores por meio do pagamento de serviços ambientais urbanos. “É um mecanismo econômico que inclui mais gente na proteção. Se a sociedade acha que uma coisa é importante, tem que valorar do ponto de vista monetário. No caso dos catadores, é estabelecer um preço mínimo de sustentação para os produtos reciclados, de maneira a impedir que eles fiquem na miséria, como na crise que derrubou o preço dos produtos”, observou Minc. Segundo ele, o estudo está sendo finalizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e deve ser anunciado em novembro pelo presidente Lula.

Sacolas plásticas

Minc participou do lançamento da camapnha Saco é um Saco, juntamente com a direção executiva do grupo Carrefour. A meta é incentivar os consumidores em todo o país a substituírem as sacolinhas plásticas em suas compras por sacolas maiores, reutilizáveis. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), são utilizadas anualmente no Brasil 12 bilhões de sacolinhas plásticas, que acabam indo parar nos lixões, córregos e ajudam a agravar os problemas de enchentes nas cidades.

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Minc adiantou informação sobre retirada do IPI sobre produtos reciclados/Foto: Antonio Cruz/Abr

O diretor de Sustentabilidade do Carrefour Brasil, Paulo Pianez, informou que a rede incentiva a troca das sacolinhas plásticas por sacolas maiores, que podem ser usadas diversas vezes, desde junho de 2008. “Há três anos não temos mais sacola plástica no grupo Carrefour da França e a ideia é trazer este conceito para o Brasil também. Até agora já conseguimos reduzir em 20% o volume de sacolas plásticas, com a venda de 700 mil sacolas reutilizáveis”, ressaltou o executivo.

De acordo com ele, o próximo passo será conceder descontos equivalentes ao preço de cada sacolinha para os consumidores que trouxerem de casa suas próprias sacolas. “No ano que vem, vamos lançar o desconto na boca do caixa. O consumidor que deixar de usar a sacola plástica, vai ganhar o desconto equivalente ao preço do produto”, garantiu Pianez.

Atualmente, só o grupo Carrefour consome 90 milhões de sacolas plásticas por mês no país. A meta é reduzir este índice para 50 milhões de sacolas até 2013, chegando a suprimir totalmente tal utilização em 2015.

*Via EcoDesenvolvimento.

             
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