A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), acusou o Irã de ocultar informações relevantes sobre o programa nuclear desenvolvido no país.

De acordo com a agência, os iranianos produzem urânio de baixo grau de enriquecimento. Segundo especialistas, este material é suficiente para produzir duas bombas atômicas, caso seja enriquecido em até 90%. A Aiea reclama ainda que os iranianos não colaboram com as inspeções de especialistas nas usinas nucleares.

Os dados estão em um relatório da agência e as informações são da BBC Brasil. A Aiea informou que o Irã, nos últimos dois anos, colaborou para a “possível deterioração na disponibilidade de várias informações relevantes, que aumentam a urgência deste assunto”. Desde novembro de 2009, segundo a agência, o estoque iraniano de urânio de baixo enriquecimento (até 20%) aumentou em 15%, chegando a um total de 2,8 toneladas.

Pelo relatório, a Aiea não tem condições de confirmar que o programa nuclear iraniano é totalmente pacífico, pois o Irã coloca objeções ao trabalho dos inspetores. De acordo com as autoridades da agência, o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, apresentou objeções aos inspetores escolhidos pela agência para trabalhar no país persa, prejudicando a realização do trabalho.

Em 17 de maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, negociaram com Ahmadinejad um acordo para a troca de urânio levemente enriquecido pelo produto enriquecido a 20%. Com isso a comunidade internacional afastaria as restrições ao Irã, mas essas negociações não foram encampadas pela comunidade internacional, que ainda mantém desconfianças sobre os fins pacíficos do programa nuclear desenvolvido no país.

A polêmica em torno do programa nuclear iraniano gerou sanções ao Irã por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas, da União Europeia, dos Estados Unidos, do Canadá e Japão. Para a maior parte da comunidade internacional, o governo do Irã esconde a produção de armas atômicas. Porém, as autoridades do país negam as suspeitas.

*Via Info.

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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