O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, vetou o Projeto de Lei nº 577/07, de autoria dos vereadores Gilson Barreto e Claudinho de Souza (PSDB), que obriga os estabelecimentos comerciais da capital paulista a substituírem o uso de embalagens plásticas por sacolas reutilizáveis ou “confeccionadas em materiais de fontes renováveis ou recicláveis para o acondicionamento de mercadorias adquiridas pelo consumidor”.
Preservação ambiental e redução do volume de resíduos gerados na cidade eram os principais argumentos da matéria barrada por Kassab. Recentemente, prefeituras de Sorocaba, Osasco, Jundiaí e Guarulhos decretaram o fim da utilização das sacolinhas plásticas sob a mesma justificativa. Nessas cidades, está em andamento o processo de conscientização das empresas e consumidores para a substituição das sacolas por embalagens de papel ou feitas de material biodegradável ou reciclável.
Uma das razões para o veto de Kassab ao projeto de lei nº 577, que tramitava na Câmara Municipal desde 2007, foi justamente a questão ambiental. “A questão relativa ao uso de embalagens confeccionadas com materiais oriundos de fontes renováveis necessita de estudos mais aprofundados”, diz o texto do veto.
“Não há garantia de que a substituição proposta pela mensagem resulte em prevenção, controle da poluição ambiental e proteção da qualidade do meio ambiente, uma vez que mesmo os materiais biodegradáveis geram resíduos tóxicos”, afirma ainda o texto da prefeitura.
A Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, apoiada pela indústria plástica brasileira, informou que o prefeito também seguiu suas recomendações para vetar a proposta dos vereadores. A Plastivida enfatizou a importância econômica e social das sacolas plásticas que, segundo a entidade, são apontadas por 71% da população como o meio mais adequado de se carregar as compras e embalar o lixo doméstico”.
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*Via EmbalagemMarca.