Após quase três semanas desde que o poço no Golfo do México parou de jorrar petróleo, parece não haver resquícios na superfície do mar.
Os cientistas, entretanto, alertam que o petróleo não desapareceu. Ainda há enormes quantidades no Golfo. “Sabemos que não houve nenhum milagre”, disse Ernst Peebles, oceanógrafo da Universidade da Flórida do Sul, “Acreditamos que o óleo se dispersou para muito longe”.
Jane Lubchenco, chefe da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional, afirmou que cientistas e funcionários do governo estão trabalhando para descobrir onde o petróleo foi parar. Ainda se vê petróleo em algumas praias e áreas costeiras, mas em quantidade muito menor do que anteriormente.
Os cientistas sabem que mais de 900 quilômetros de costa foram afetados pelo petróleo que vazou durante 100 dias após a explosão na plataforma de extração Deepwater Horizon.
Estima-se que entre 107 e 184 milhões de galões tenham sido vertidos no Golfo antes de o vazamento ser contido temporariamente no dia 15 de julho.
Por enquanto, autoridades explicam que recuperaram 34.6 milhões de galões de água oleosa e queimaram 11.1 milhões de galões na superfície do mar.
Mas onde está o resto?
Os cientistas estão preocupados com a possibilidade de que a maior parte tenha ficado presa abaixo da superfície, depois de mais de 770 mil galões de dispersantes terem sido usados para dissolver o petróleo. Foram encontradas evidências de enormes “nuvens” de petróleo suspensas na água.
Agora, o desafio dos pesquisadores é saber quão rápido o óleo está sendo comido pelos micróbios, quanto ele está demorando a se diluir e se está afundando, além de descobrir para qual lado está indo. Segundo os cientistas, grandes quantidades desse petróleo abaixo da superfície podem contaminar a cadeia alimentar e esgotar o oxigênio.
*Via Info.