Peixes abissais

Um estudo realizado pela Universidade de Southampton e o Instituto Marítimo da Irlanda nos peixes de águas profundas que vivem na plataforma continental ao redor do Reino Unido, apontou que esses animais retiram e armazenam grandes quantidades de carbono da superfície das águas.

Usando novos marcadores bioquímicos para mapear as dietas dos peixes de profundezas, foi possível rever seu papel na transferência de carbono para as profundezas do oceano, e descobriu-se que mais da metade desses peixes obtém alimento de animais que de alguma forma vão e voltam da superfície, não de partículas já sedimentadas.

Pela dificuldade de estudar animais que estão a um quilômetro ou mais de profundidade, os pesquisadores estudaram peixes capturados por um navio de pesquisa do Instituto marítimo, retirados de profundidades que variam entre 500 e 1800 metros. O estudo é realizado medindo as formas, ou isótopos, de carbono e nitrogênio, armazenado nos músculos desses peixes.

O resultado vem das pequenas diferenças na massa desses isótopos, que demonstram as ligeiras diferenças na velocidade dos processos do organismo, cujos padrões podem mostrar “quem come quem” no ecossistema. Ao medir os isótopos nas espécies mais comuns deles, os pesquisadores foram capazes de estimar a quantidade de carbono que é capturado e armazenado por esses peixes de água profunda, que, em Libras, pode chegar a equivaler 10 milhões em créditos de carbono, por ano.

O autor principal do estudo, Dr. Clive Trueman, da Universidade de Southampton, diz :

Assim como a pesca, a extração de energia e mineração estendem para águas mais profundas, estes peixes estranhos e raramente vistos de fato fornecem um serviço valioso para todos nós. Reconhecer e valorizar esses serviços ecossistêmicos é importante quando tomamos decisões sobre como explorar habitats de águas profundas para o alimento, energia ou recursos minerais.

O estudo está publicado na revista Proceedings da Royal Society B. Fonte sciencedaily.com

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