Se tem uma catástrofe natural em que nós, humanos, não somos considerados suspeito número 1, é o terremoto. Até ontem.

Isso é o que afirma o professor e pesquisador do Observatório Terrestre Lamont-Doherty (Nova York), Leonardo Seeber, tirando das placas tectônicas a responsabilidade total pelos tremores de terra e incluindo as intervenções humanas como variável.

De acordo com o estudioso, há cerca de cinquenta anos os projetos de engenharia têm suas parcelas de culpa na ocorrência de sismos ao redor do mundo. O especialista exemplifica com a catástrofe ocorrida da Índia em 1967, durante a construção da represa Koyna. “Sem dúvida, este e muitos outros terremotos foram desencadeados pela ação humana”, afirmou Seeber em entrevista ao jornal americano The New York Times.

A interferência humana pode acontecer de duas formas: com a exploração de campos petrolíferos, minas e pedreiras, que ocasionam a diminuição da pressão sobre a crosta terrestre, e com a construção de lagos artificiais, que elevam o peso exercido sobre o solo.

Ainda de acordo com o professor, é difícil diferenciar os tremores naturais daqueles que tiveram interferência humana em virtude das empresas não admitirem a culpa e dificultarem a obtenção de dados que são capazes de comprovar a influência nas placas tectônicas ou falhas geológicas.

Pois é, a Teoria do Caos e o efeito borboleta mandam lembranças.

 

 

Via Redação EcoD / Imagem: Annzstream

             
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