Turbinas no fundo do mar parecem um daqueles conceitos nada ortodoxos e que acabam não resultando em nada, mas o “Deep Green” da empresa Sueca Minesto pretende começar a testar o produto no ano que vem e já atraiu 2 milhões de Euros em investimentos.
O sistema é composto por uma turbina ligada a uma asa e fixada no fundo do oceano por cabos de 100 metros de comprimento. Segundo a empresa a forma de ancoragem e direcionamento das “pipas” permite captar a energia das marés em até 10 vezes a velocidade real do fluxo.
Em funcionamento a turbina deve gerar 500 kilowatts de energia, mas quanto isso significa? Para se ter ideia, uma turbina eólica comum gera em torno de 50 a 300kw e as maiores chegam a 5MW (5.000kw). Em um comparativo (bastante) injusto, a Usina Hidroelétrica de Itaipú tem capacidade de 14GW (14.000.000), o equivalente a 28 mil “pipas” de fundo de mar como essas.
Uma das vantagens seria o tamanho, apenas 12 metros de envergadura e um metro de turbina, o que é bastante reduzido frente a outras tecnologias similares para captura de energia das marés. De acordo com o Diretor Técnico, Ted Rosendahl, isso permitiria também a instalação em locais com marés mais lentas e em maiores profundidades.
Apesar dos testes previstos para o próximo ano, a empresa acredita que uma versão comercial estará disponível apenas em 2014 uma vez que ainda está em “fase de desenvolvimento” e existem questões ambientais que desconhecem.
De fato espera-se que analisem o formato e localização para provocar o menor impacto possível na vida marinha.
[Via CNN via DVICE via Gizmodo]