Quase 2/3 do esgoto brasileiro vão direto para o meio ambiente, poluindo as águas,
o solo e elevando os índices de doenças. / Foto: Kassá

A população brasileira produz, em média, 8,4 bilhões de litros de esgoto por dia. Deste total, 5,4 bilhões não recebem nenhum tratamento. Ou seja, apenas 36% do esgoto gerado nas cidades do país é tratado. O restante é despejado no meio ambiente, contaminando solo, rios, mananciais e praias do país inteiro – sem contar os danos diretos que esse tipo de prática causa à saúde da população.

O mapa do saneamento: em azul, as cidades mais bem colocadas no ranking; em vermelho, as que menos tratam seu esgoto

em azul, as cidades mais bem colocadas no ranking; em vermelho, as que menos tratam seu esgoto

A constatação foi feita pelo Instituto Trata Brasil, que acaba de finalizar, com o apoio do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), um estudo que avaliou os serviços de saneamento básico prestados nas 79 cidades mais populosas do Brasil – com mais de 300 mil habitantes.

O estudo revelou que, entre os anos de 2003 e 2007, houve avanço de 14% no atendimento de esgoto nas cidades observadas e de 5% no tratamento. A base de dados consultada para se chegar a esses índices foi extraída do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), divulgado em abril pelo Ministério das Cidades, que reúne informações dos serviços de água e esgoto fornecidas espontaneamente pelas empresas prestadores dos serviços nessas cidades.

A pesquisa do Instituto Trata Brasil aponta que os municípios do país que mais se destacaram na avaliação estão, todos, na região Sudeste do país. São eles Franca (SP), Uberlândia (MG), Sorocaba (SP), Santos (SP), Jundiaí (SP), Niterói (RJ), Maringá (PR), Santo André (SP), Mogi das Cruzes (SP) e Piracicaba (SP), em ordem de classificação.

Já as últimas cidades do ranking são Belém (PA), Cariacica (ES), Porto Velho (RO), Nova Iguaçu (RJ) e Duque de Caxias (RJ). Todas elas apresentam falta de investimento ou queda progressiva dos recursos destinados aos serviços de coleta e de tratamento de esgoto municipal.

Para confeccionar o mapa do saneamento nacional, o estudo considerou a população total atendida com água tratada e com rede de esgoto; o tratamento de esgoto por água consumida; e o índice total de perda de água tratada, o que demonstra a eficiência do operador; além do volume de investimentos em relação à geração de caixa dos sistemas.

Os municípios que não quiseram divulgar dados ao SNIS foram rebaixados, automaticamente, para as últimas posições do ranking.

Fontes: Instituto Trata Brasil e SNIS, retirado de PlanetaInteligente.

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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