Indústria petroquímica em Pequim, na China: o maior poluidor do mundo pede para os países ricos cortarem suas emissões de CO2
SÃO PAULO – Uma autoridade chinesa afirmou que os países ricos precisarão aceitar cortes profundos em suas emissões no tratado climático que deve ser assinado em Copenhagen.
A afirmação foi feita à agência oficial Xinhua, por Xie Zhenhua, o diretor-adjunto da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas para assuntos de política climática. Para ele, o compromisso dos países industrializado será crucial para um acordo.
Segundo escreveu a agência Xinhua, Zhenhua teria dito que a chave do sucesso da Conferência de Copenhagen, na Dinamarca, que acontece em dezembro deste ano, é definir, para as nações desenvolvidas, metas drásticas de redução de emissões em médio prazo.
As declarações foram feitas poucos dias depois que a China e os Estados Unidos anunciaram a criação de um centro de pesquisa conjunto para tecnologias limpas.
A China é, atualmente, o maior emissor de gás carbônico do mundo. A poluição chinesa, no entanto, é bem menor que a quantidade de gases tóxicos lançados na atmosfera pelos países ocidentais ricos ao longo de seus desenvolvimentos industriais.
O pedido de redução de emissão de CO2, no entanto, não pode ser interpretado apenas como hipocrisia, já que a China não pretende acompanhar as reduções dos países desenvolvidos. O pedido é mais baseado em uma preocupação com o território chinês.
A China é bastante vulnerável ao aquecimento global. Climatologistas e pesquisadores já alertam para possíveis secas no norte, enquanto o sul sofrerá com inundações, o que acabaria por reduzir a safra agrícola em um terço até o final do século.
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*Via Info.