Embarcações encalhadas em Tefé, na Amazônia. Foto de Rodrigo Baleia/Folhapress

A Universidade de Leeds (Inglaterra), em conjunto com o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), publicou um artigo na renomada revista “Science” afirmando que em 2010 a Floresta Amazônica passou pela maior seca dos últimos 100 anos. Como resultado disso, as árvores mortas liberaram tanto CO2 quanto os EUA. E isso é muito, mesmo.

A pesquisa, liderada pelo britânico Simon Lewis, aponta que a seca de 2010 foi mais intensa e afetou uma área maior (3 milhões de quilômetros quadrados) contra “apenas ” 1,9 milhões em 2005, até então considerada a pior entre décadas.

O estudo apontou que com a seca a floresta vai emitir mais CO2 do que consegue absorver. Entre o ano passado e os próximos, a consequencia da seca será a emissão de cerca de 5 bilhões de toneladas de CO2. Isso porque o processo de decomposição das árvores mortas é lento.

Em condições normais a floresta absorve quase 1,5 bilhão de CO2, segundo estimativa do estudo.

Para ter uma ideia do estrago: os EUA geram cerca de 5,4 bilhões de toneladas de CO2 por ano, por conta da queima de combustíveis fósseis.

O climatologista do Ipam, José Marengo, no entanto diz que precisamos analisar os dados com muito cuidado “Reduzimos o desmatamento em cinco anos, mas um fenômeno natural deixou nossa absorção de CO2 na estaca zero. Se esses cálculos não forem bem interpretados, poderão ser usados a favor do desmatamento”.

Via Folha

 
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