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Os materiais colados uns nos outros dificultam a reciclagem dessas embalagens/Foto: Tetra Pak

A invenção de um estudante da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pode resolver o problema de reciclagem das embalagens longa vida. O novo método permite a separação das seis camadas de papel, plástico e alumínio de forma simples e sem agredir o meio ambiente. O invento agora está nas mãos do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) com solicitação de patente, que já foi protocolada.

As embalagens longa vida

A embalagem é composta por seis camadas de materiais: a primeira é feita de polietileno para proteger a caixa contra a umidade externa; seguida por uma camada de papel que confere estrutura e resistência à embalagem; a terceira é uma camada de polietileno para aderência entre as camadas internas; a quarta é uma camada de alumínio para evitar a passagem de oxigênio, luz e microrganismos; e, por fim, duas camadas de polietileno que evitam o contato do produto com os materiais internos da embalagem.

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As embalagens longa vida possuem seis camadas de materiais/Foto: Wikipédia

Como não há contato com o ambiente externo na hora do envasamento, elimina-se a proliferação de microorganismos. Também não ocorre a passagem da luz, que é uma degradadora natural dos alimentos. Com isso, essas embalagens podem conservar o leite, por exemplo, por até quatro meses, sem refrigeração, com características nutricionais e vitamínicas ideais, e sem a utilização de conservantes.

Parece perfeito, mas não é. A grande desvantagem do uso deste tipo de embalagem é o seu descarte final em aterros sanitários. O alumínio e o plástico causam um sério impacto sobre o meio ambiente e podem levar mais de 300 anos para se degradar. Além disso, com o descarte da embalagem, há o desperdício de matérias-primas nobres como o alumínio e o papel cartão.

O projeto

Idealizado pelo estudante do Instituto de Física da Unicamp, Wagner Jansiski Sanerip, o projeto consiste em um processo onde os materiais que envolvem o alumínio passam por uma decomposição térmica, restando somente o metal e as cinzas. Para isso, as embalagens são colocadas em um forno de aquecimento por indução magnética. Após o procedimento, o alumínio pode ser derretido e moldado em lingotes para reciclagem.

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O papel e o plástico derretem, deixando o alumínio preservado/Foto: Divulgação

O aluno explica que a idéia da criação surgiu depois que ele soube do problema da Tetra Pak em reciclar suas embalagens. Embora hoje a empresa utilize outra técnica para separar o plástico do alumínio, denominada Plasma, Sanerip afirma que esse processo é mais complexo, gasta mais energia e requer lavagem das embalagens.

Além de solucionar um problema ambiental, a técnica favorece o reaproveitamento do alumínio. Essa matéria-prima nobre possui um grande valor comercial e perde-se ao ser descartada em lixões e aterros. Se não houver a separação adequada, o produto não pode ser reciclado e não possui valor atrativo para os catadores.

Fonte: EcoDesenvolvimento

             
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