A pecuária é o principal vetor do desmatamento no Pantanal/Foto: carlosoliveirareis
O Pantanal perdeu 12,4 mil quilômetros quadrados (km²) de vegetação entre 2002 e 2008. O desmatamento avança mais na área de planalto do bioma e é menos intensivo na planície. Um estudo apresentado nesta semana mostra que 86,6% da vegetação da planície está preservada, mas só restam 41,8% de cobertura original no planalto.
A pecuária é o principal vetor do desmatamento no Pantanal, de acordo com o levantamento feito em parceria pela WWF, Conservação Internacional, SOS Pantanal, SOS Mata Atlântica, Fundação Avina e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A conversão de vegetação em pastagens é responsável por 11,1% do uso da terra na área de planície e 43,5% no planalto. A agricultura ocupa 0,3% da região de planície do bioma e 9,9% do planalto.
O estudo comparou imagens de satélites por meio de visitas de campo pela região. A distinção entre a devastação no planalto e na planície reflete diferenças nas formas de ocupação do bioma. De acordo com o levantamento, o planalto é fortemente ocupado pela agricultura e pela pecuária. Na planície, a pecuária mais extensiva pressiona menos a abertura de novas áreas.
Apesar do crescimento do desmate verificado no período, a situação do Pantanal ainda é melhor do que a de outros biomas do país. A Amazônia registra taxa anual de desmate de cerca de 7 mil km² e o Cerrado já perdeu metade de sua cobertura vegetal original.
*Via EcoDesenvolvimento.