A pesquisa revela que redução da poluição pode salvar 100 milhões de vidas até 2050/Foto: guilherme cecílio
Uma pesquisa recente divulgada pela Agência Ambiental dos Países Baixos informou que a redução da poluição atmosférica poderia salvar cerca de 100 milhões de vidas até 2050. Essas mortes prematuras seriam causadas por problemas respiratórios em virtude do excesso de gases poluentes na atmosfera das grandes cidades.
Para evitar a perda dessas vidas, o relatório é enfático e diz ser necessário cortar as emissões de gases do efeito estufa em 50% até 2050. Além de beneficiar a saúde da população mundial, a redução da poluição trará vantagens econômicas, especialmente para países em desenvolvimento, como a China e a Índia.
O estudo ainda alerta que a manutenção de fatores como o consumo energético, o crescimento demográfico, o envelhecimento da população e o aumento da urbanização, farão as mortes prematuras crescerem 30% nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OECD) e 100% nos países não pertencentes ao grupo.
A solução
O estudo aponta para possíveis formas de solucionar o problema. Segundo os pesquisadores, práticas como a captura do carbono só são úteis para esse tipo de substância e não resolvem os problemas dos portadores de doenças respiratórias, já que outras partículas de poluição continuam presentes na atmosfera.
Já a redução do número de veículos e das emissões causadas por eles seria de grande ajuda, já que isso representa 20% das emissões de CO2 em países como o Reino Unido. Melhorar a eficiência energética nas residências e buscar alternativas energéticas ao uso do carvão são outras opções possíveis.
A poluição e os problemas de saúde
Não é de hoje que se fala nos problemas respiratórios causados pela poluição atmosférica. Uma pesquisa recente do American Lung Association apontou que 186 milhões de americanos vivem em áreas onde a poluição torna o ar um perigo para a saúde.
Além dos carros, o American Lung Association apontou navios, cargueiros e petroleiros como importantes vilões na produção de gases poluentes e possíveis responsáveis por 45% das emissões de todo o país até 2030. Dados da indústria marítima americana afirmam que os 15 maiores navios do mundo lançam na atmosfera a mesma quantidade de substâncias causadoras de câncer e asma que 760 milhões de carros.
Uma publicação do London Assembly Environment Committee afirmou que a má qualidade do ar pode ter contribuído com três mil mortes prematuras em 2005. Essa classificação inclui a presença de substâncias como dióxido de azoto, dióxido de enxofre, compostos orgânicos voláteis, amônia e partículas suspensas. Crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios são as mais atingidas pelo problema.
*Via EcoDesenvolvimento.
