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Cinco bilhões de sacos plásticos foram substituídos por sacolas retornáveis / Foto: Divulgação

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), cerca de cinco bilhões de sacolas plásticas deixaram de ser consumidas em um ano e meio de campanha Saco é um Saco. Lançada em agosto de 2009, a iniciativa tinha como meta atingir 10% de redução de sacolas plásticas até o final de 2010, tendo como base o ano de 2009, quando foram produzidas 15 bilhões de sacolas no Brasil.

A meta foi ultrapassada, chegando a 33% de redução. De acordo com a coordenadora técnica da campanha no MMA, Fernanda Daltro, trata-se de um “resultado coletivo motivado pelo debate nacional sobre o consumo de sacolas plásticas”.

O número reúne as estimativas levantadas pelas três maiores redes de supermercado no País (Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour), pelas cidades que baniram as sacolas voluntariamente, como Xanxerê (SC) e Jundiaí (SP) e pelo Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, da indústria do plástico.

Durante a campanha foram produzidos spots de rádio, filmes para TV e cinema e dois concursos culturais. Além disso, o uso de ecobags foi estimulado por vendas e distribuição gratuita. A rede Pão de Açúcar, por exemplo, vendeu 200 mil sacolas retornáveis em 2010, enquanto o Ministério do Meio Ambiente distribuiu outras 200 mil ecobags.

Já o Walmart criou o programa “Cliente Consciente Merece Desconto”, que oferece desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens adquiridos e carregados em embalagem alternativa às sacolas plásticas, como sacolas retornáveis, caixas de papelão ou carrinhos de feira.

O Pão de Açúcar passou a oferecer pontos no cartão fidelidade aos clientes que recusarem sacolas plásticas e a empresa de produtos de higiene Kimberly-Clark incluiu alças às embalagens de papel higiênico, para que o consumidor não precise de uma sacola plástica para carregar seu pacote.

Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis

Para o MMA, durante toda a campanha, reduzir o consumo de sacolas plásticas passou a ser consequência do debate promovido com a sociedade brasileira sobre o problema socioambiental causado pelo consumo excessivo de sacolas plásticas, bem como do engajamento dos consumidores e do setor varejista na causa.

Para a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, ao mobilizar a sociedade brasileira em torno do consumo consciente de sacolas plásticas, “a campanha estimulou o pensamento crítico acerca de como consumimos e que impacto este consumo tem no meio ambiente e em nossa qualidade de vida. Provocou varejistas, industriais, o poder público em vários estados e municípios, e também consumidores, a encontrar soluções”.

A mobilização ainda atuou de forma convergente aos objetivos e compromissos do Brasil no Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis, ligado ao Processo de Marrakech, coordenado pelas Nações Unidas, do qual o País participa desde 2007 para apoiar e fortalecer iniciativas que promovam mudanças nos padrões de consumo e produção.

A campanha foi citada pela Consumers International em seu site como um bom exemplo de prática voltada para o consumo sustentável e colocou o Brasil no grupo de países que já estão fazendo algo para minimizar o impacto ambiental das sacolas plásticas.

“O ciclo de mudança dos padrões de produção e consumo no Brasil começou”, comemora Samyra. “Colocando o País em sintonia com os esforços internacionais e proporcionando aos brasileiros compartilhar a consciência ecológica coletiva”, completou.

Próximos passos

Com o pontapé inicial dado pela campanha, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) decidiu estipular metas de redução para o setor varejista, atingindo aproximadamente 76 mil estabelecimentos espalhados por todo País.

Trata-se de pacto setorial firmado com o MMA que prevê a redução em 30% das sacolas plásticas nas lojas de todo o País até 2013 e 40% até 2014, tendo como base os números de produção de 2010, estimados em aproximadamente 14 bilhões.

Algumas redes de supermercados estabeleceram suas próprias metas, como o Walmart que pretende reduzir em 50% até 2013 e o Carrefour que deseja banir as sacolas plásticas em suas lojas até 2014. [MMA/EcoD]

             
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