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Os EUA possuem testes para verificar a emissão de poluentes nos veículos, uma forma de garantir que eles sejam fabricados com as melhores tecnologias para reduzir a emissão aos níveis que tenham sido determinados em lei. Porém, Volkswagen e Audi quiseram ser espertinhas…

Os carros a diesel fabricados desde 2009 pelas alemãs vieram, sem que ninguém além delas soubesse, com um sistema que identificava se o veículo estava passando por esse teste para, nesta situação, e apenas nesta, ativar uma redução na emissão de óxidos de nitrogênio (os NOx). Em situação normal a emissão chegava a 40x mais do que permite a legislação dos EUA (Tier 2, Bin 5)

A EPA (Environmental Protection Agency, ou Agência de Proteção Ambiental), dos EUA, obrigou as duas fabricantes a convocarem para recall 500 mil carros. O problema é que não basta desativar o sistema enganador, é preciso alterar todo o carro para que ele se enquadre na legislação de poluentes, ou seja, será que esses carros terão mesmo “reparo”? É possível que eles tenham que ser substituídos por inteiro, e por isso o custo da encrenca pode chegar a US$ 18 bilhões.

Importante lembrar que nos EUA é permitido que carros de passeio, mesmo os pequenos, utilizem diesel, e não apenas veículos de maior porte como restringe o Brasil. Na Europa, carros menores a diesel são bastante comuns, e a própria VW admitiu ter 11 milhões de carros rodando no mundo com esse sistema ilegal.

As fabricantes (que pertencem ao mesmo grupo), eram as únicas a vender veículos diesel sem ureia para conter o NOx nos EUA. Aqui no Brasil, muitos caminhões da VW também não exigem ureia, utilizando o EGR (Exhaust Gas Recirculation), o que levanta suspeitas sobre esse sistema também ser usado em veículos vendidos no nosso país.

A questão é grave e o CEO mundial da empresa, Martin Winterkorn, divulgou nota oficial dizendo que está “profundamente sentido por ter quebrado a confiança de seus clientes e do público” e que ele e o Conselho de Administração da empresa estão levando o assunto “extremamente a sério”.

Além da quebra na confiança, o impacto ambiental é gigantesco e o prejuízo esperado já reflete nas ações da empresa que desde ontem acumulam queda de 35% até o fechamento desta publicação. Há ainda rumores de que o CEO deve deixar o cargo até o final desta semana.

via Flatout, valeu @thiagones80!

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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