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Foto: jimg944

O crescimento de viagens em cruzeiros pelo litoral brasileiro preocupa especialistas. Se por um lado elas movimentam a economia turística das grandes cidades, por outro, não há desenvolvimento considerável para as pequenas localidades e a degradação ambiental e cultural dos destinos é intensa.

Para a temporada de 2009/2010 estima-se um crescimento de 60% no número de passageiros que visitaram as praias brasileiras, em comparação ao intervalo de outubro a maio de 2008/2009, período de alta estação, segundo matéria publicada no Estadão.

A poluição gerada em uma viagem em alto mar custa caro para o meio ambiente. De acordo com o Telegraph of London, um navio cruzeiro emite três vezes mais dióxido de carbono que um avião a jato. A rede de cruzeiros Charter Wave divulgou, em 2008, que em média, 712 kg de CO2 são jogados na atmosfera por quilômetro.

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Foto: ecstaticist

O Instituto EcoBrasil compilou informações a respeito do litoral brasileiro. Os dados mostram o quão prejudicial esse modelo de turismo pode ser, se não for gerido de acordo com a sustentabilidade das praias e oceanos.

Como os resíduos de cada viagem vai parar nos oceanos, os navios que atravessam o litoral brasileiro jogam cerca de 600 litros de lixo tóxico no mar. São quase 114 mil litros de água de sentina (óleos e produtos químicos), 950 mil litros de esgoto humano e 5.500m3 de água cinza (chuveiros e lavanderia) – equivalentes a duas piscinas olímpicas cheias.

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Foto: KM&G-Morris

A Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) autoriza o lançamento de esgoto no mar a uma distância de 22 quilômetros da costa, com tratamento prévio.

Algumas empresas turísticas estão tomando medidas quanto a minimização do impacto no oceano. O Estadão ouviu duas companhias a respeito: segundo a MSC Cruzeiros adotou a norma internacional de gestão ambiental ISO 14.001; e a CVC Turismo argumentou que escolhe com critério onde eliminar os dejetos da viagem.

Mesmo que ações como essas sejam implantadas, o acompanhamento desse mercado turístico se faz necessário. Em entrevista ao Estadão, o presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) e diretor da Royal Carrebean Brasil, Ricardo Amaral, afirmou acreditar que ainda há o que melhorar no desenvolvimento sustentável desse segmento, mas é interesse das empresas de turismo que o litoral brasileiro siga saudável.

*Via EcoDesenvolvimento.

             
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