França terá imposto sobre CO2 em 2010

SÃO PAULO – Para combater o aquecimento global, a França anunciou ontem a criação de um imposto sobre a emissão de dióxido de carbono.

O anúncio foi feito pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy. Com isso, a França torna-se a primeira grande economia do mundo a taxar emissões de gás carbônico.

Apesar de fazer bem para o meio ambiente, a medida é rejeitada pela maioria dos franceses. Cerca de 75% deles se opõem ao imposto que será cobrado sobre o consumo de combustíveis fósseis por pessoas e empresas.

A nova regra deve deixar a gasolina mais 4 centavos de euro mais cara. O gás usado no aquecimento de residências e empresas também será encarecido. A conta de energia, no entanto, não será afetada, já que 80% da energia gerada na França vem de usinas nucleares.

A grande indústria não deve ser afetada pela taxa. Isso porque os grandes emissores industriais já fazem parte do esquema europeu de controle e comércio de emissões, adotado na União Europeia por conta do Protocolo de Kyoto.

A França tem uma meta de redução de 80% das emissões até 2050, e o anúncio também tem cunho político. A França tem o interesse em liderar parte das discussões que serão feitas em Copenhague, em dezembro, quando um novo acordo climático deverá ser fechado.

Segundo o jornal francês Le Monde, o imposto vai cobrir 70% das emissões no país e trazer 4,3 bilhões de euros para os cofres públicos a cada ano.

De acordo com Sarkozy, em discurso, o novo imposto terá seu valor restituído ao contribuinte por meio da redução do imposto de renda e de “cheques verdes”, para investimentos em iniciativas ecológicas.

Ele afirmou ainda que “é normal que a taxa fique mais cara daqui a alguns anos, quando os comportamentos já tiverem mudado”. A proposta inicial era que o imposto tivesse um valor de 32 euros por tonelada, o que foi descartado por causa da crise econômica. O valor foi reajustado para 17 euros por tonelada de CO2 emitida.

“Nosso mundo chegou à hora da verdade. É preciso decidir hoje se nós queremos criar um mundo diferente daquele de antes da crise”, discursou.”Da crise econômica que nós conhecemos, deverá nascer um mundo novo. Não se trata de construir uma sociedade de retração, que dá as costas ao progresso, de escolher entre a economia e a ecologia, mas de encontrar os caminhos que conduzirão a um crescimento mais justo”.

Durante seu discurso, Sarkozy ainda afirmou que não aceitaria que a Europa importasse produtos de países que não respeitassem as regras de emissões francesas e citou a taxa de fronteira de carbono prevista na lei americana de mudança climática, em tramitação no Senado. Para ele, a Europa deveria fazer o mesmo.

*Via Info.

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 é o criador do eco4planet, formado em Administração de Empresas pela USP, desenvolvedor e gamer. Otimista nato, calmo por natureza, acredita que informação pode mudar o mundo e que todo pequeno gesto vale a pena. Posta também no Twitter e Facebook.
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